sexta-feira, 4 de julho de 2008

Advogado diz que Rafael Ilha está se sentindo injustiçado




Ex-cantor foi preso na terça acusado de tentativa de seqüestro.
Defensor já entrou na Justiça com pedido de liberdade provisória.

O advogado do ex-cantor do grupo Polegar Rafael Ilha, José Vanderlei Santos, disse na tarde desta sexta-feira (4) que o cliente está na expectativa para deixar a prisão. Rafael foi preso nesta terça-feira (1º) acusado de tentativa de seqüestro, formação de quadrilha e usurpação de função pública. “Ele disse que está sendo injustiçado, mas tem energia suficiente para enfrentar”, afirmou Santos.

O pedido de liberdade provisória foi feito à Justiça na quarta-feira (2). De acordo com Santos, ele está desde quarta-feira (3) no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. “Conversei com ele. O Rafael continua com a mesma expectativa, está aguardando sair para apresentar a versão dele. Ele está disposto.”



Rafael Ilha foi acusado de tentar, junto com outras duas pessoas, colocar à força em um carro a esteticista Karina Costa, de 28 anos. Ele informou à polícia que o ex-marido dela tinha entrado em contato e pedido para que a mulher fosse internada na clínica de reabilitação contra dependentes químicos do ex-Polegar.



A esteticista negou ser usuária de drogas e se colocou à disposição para fazer exame toxicológico. Além disso, de acordo com relatos de testemunhas, Rafael Ilha estaria usando uma camiseta do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) no momento da abordagem à mulher.


Defesa

Rafael afirmou, ainda na delegacia onde ficou detido, que fazia "um trabalho de abordagem para saber se ela (Karina) estava bem ou mal ou se precisava de ajuda". Já dentro do carro de polícia que o levaria para outro distrito, ele disse estar confiante de que o caso será esclarecido.

Mais cedo, o advogado do cantor, José Vanderlei Santos, contou ao G1 que o ex-Polegar fez uma "abordagem cordial", atendendo ao pedido de internação feito por um cliente, o ex-marido da moça.

"Um ex-cliente fez um tratamento com ele na clínica. E fez o mesmo pedido de que ele recepcionasse a moça em sua clínica também pra efeito de tratamento. Foi conversar com ela pra saber se teria ou não interesse. Rafael diz que foi fazer uma abordagem cordial", disse o advogado.


Histórico

O Grupo Polegar estourou em 1989, com a música "Dá Para Mim", e chegou a vender um milhão de discos. Rafael Ilha deixou o grupo em 1991. Depois disso, o ex-vocalista acumulou passagens pela polícia. Ele foi preso pela primeira vez em setembro de 1998, quando tentava assaltar pessoas num cruzamento para comprar drogas. Ele roubou um vale-transporte e uma nota de R$ 1 de uma balconista na Zona Sul de São Paulo.

No ano seguinte, ele foi detido por dirigir uma moto na contramão. Depois, foram duas outras prisões por porte de cocaína. Em 2000, o ex-integrante do grupo Polegar passou mal depois de engolir uma caneta, três isqueiros e uma pilha, durante uma crise de abstinência. Meses depois, ele ingeriu outras duas pilhas e precisou ser submetido a uma cirurgia, em um hospital de São Paulo, para a retirada dos objetos.

Em 2005, foi detido em Itapecerica da Serra, em frente à clínica dele, com uma arma calibre 380, com numeração raspada. Ele acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Em setembro de 2007, o ex-Polegar voltou à delegacia, mas como vítima. Rafael se dirigiu à residência de um jovem de 30 anos com intuito de convencê-lo a se internar. De acordo com a polícia, quando o homem percebeu a chegada do ex-vocalista, acabou fugindo em seu carro. Rafael passou a persegui-lo e, após um tempo, o jovem parou o carro e teria agredido o ex-cantor.


G1.

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