Criado para defender meninos e meninas de todas as formas de violência, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 18 anos ontem com um desafio.
A cada mês, segundo dados do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA), mais de 340 gaúchos com menos de 18 anos deixam a convivência da família e engrossam a lista dos desaparecidos no Rio Grande do Sul. São mais de 2 mil registros de sumiços de janeiro a junho no Estado.
Em muitos casos, trata-se de vítimas de agressões na própria casa, que não vêem outra alternativa para escapar da violência senão a fuga.
- Parte dos desaparecimentos tem ligação com abuso sexual, muitas vezes causados por padrastos e até pelos próprios pais - diz o integrante da equipe da Delegacia de Polícia para Crianças e Adolescentes Vítimas de Delitos, Jairton Pescador.
Mas nem sempre é assim. Pescador ressalta que a dependência de drogas também vem tirando adolescentes do convívio familiar. Do total de registros deste ano, segundo Pescador, pelo menos metade foram resolvidos. No ano passado, o número de ocorrências registradas chegou a cerca de 4,8 mil.
As fotos dos jovens que continuam longe de casa estão estampadas no site www.desaparecidos.rs.gov.br, mantido pela Secretaria da Segurança Pública.
Para auxiliar o DECA nas buscas, basta ligar para o 0800 541 6400.
Em média, mais de 340 crianças e adolescentes desaparecem no Estado por mês, conforme números deste ano.
Zero Hora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário