Investigação do Ministério Público revela que executores de um magistrado morto em 2003 no interior paulista recebem até hoje R$ 5 mil mensais
O PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que domina os presídios de São Paulo, paga a detentos que mataram juízes e policiais uma espécie de "pensão vitalícia". Uma investigação do Ministério Público revela que executores de um magistrado morto em 2003 no interior paulista recebem até hoje R$ 5 mil mensais do PCC como recompensa pelo crime.
Mesmo atrás das grades, presos perigosos recebem recompensas em dinheiro e imóveis do PCC pelos crimes graves que cometeram. É o caso dos assassinos do juiz corregedor de presidente prudente, Antonio José Machado Dias. Mais de dez anos depois, os três executores do magistrados continuam amparados pela facção criminosa. O depoimento de um ex-líder do grupo revela que os detentos conhecidos como Funchal, Ferrugem e Chocolate ganharam casas e recebem uma pensão vitalícia pelo cumprimento da missão. O juiz – responsável pela vara que julgava os crimes do PCC – foi fuzilado dentro de um carro, na saída do fórum.
O líder da facção, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado a 29 anos de prisão, em 2009, por ser o mandante do assassinato. Planilhas do grupo apreendidas pela promotoria mostram que familiares de bandidos também têm uma mesada.
É com o dinheiro de assaltos e do tráfico de drogas que o crime organizado consegue pagar recompensas para seus integrantes e familiares. Recebe também este tipo de auxílio quem assassinou policiais e agentes penitenciários.
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