terça-feira, 10 de junho de 2008

Centro de Detenção é inaugurado e começa a receber presos







Com capacidade para quase mil presos, a unidade é equipada com portas automatizadas, detectores de metal e aparelho de raios X semelhantes aos dos aeroportos.


O estigma sobre o preso tem que acabar. Existe o facínora, o traficante, o pedófilo, o corruptor de menores, mas tem também pessoas que, ao longo da vida, cometeram pequenos deslizes, que são condenados pela Justiça e acabam em uma penitenciária.

A defesa foi feita na tarde desta segunda-feira pelo governador Roberto Requião (PMDB), em Maringá, durante a inauguração do Centro de Detenção Provisória (CDP), construído na Estrada Velha para Paiçandu.

Segundo o governador, essa é uma penitenciária provisória e por isso tem menos estrutura que uma penitenciária definitiva.

De concepção arquitetônica compacta, o CDP tem setores de saúde, administrativo e área de convívio. Também é equipado com portas automatizadas, detectores de metal (raquetes) e aparelho de raios X, semelhantes aos usados em aeroportos.

Até as visitas dos advogados dos detentos será cadastrada. Com capacidade para 960 presos em regime fechado, com 23.427 mil metros quadrados de área total e 8.406 mil metros quadrados de área construída, a estrutura teve um investimento de aproximadamente R$ 8 milhões.

De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Jair Ramos Braga, a construção do CDP integra a política de descentralização das penitenciárias, o que reflete diretamente na redução da superlotação carcerária nas delegacias de polícia de Maringá e região.

O delegado-chefe da Polícia Civil em Maringá, Antônio Brandão Neto, disse que a obra ajudará a desafogar a cadeia pública da 9ª Subdivisão Policial. Segundo ele, os policiais que hoje estão cuidando de presos ficarão liberados para trabalhar na investigação.

O CDP de Maringá é a 11ª unidade prisional inaugurada pelo governo estadual desde 2003. Com isso, foram criadas mais oito mil vagas no sistema prisional, que era de pouco mais de cinco mil. Com outras penitenciárias que estão sendo construídas no Estado, deverá chegar a 17 mil vagas.

“Um avanço de décadas”, na opinião do juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais, Márcio Tokars.

O prefeito Sílvio Barros (PP), o deputado estadual Ênio Verri (PT) e o deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB) elogiaram o governo Requião pelo investimento que vem fazendo na Segurança Pública e construção de unidades prisionais.

Frisando que uma penitenciária tem presos que comenteram pequenos delitos, mas também tem gente muito má, o governador insistiu que no Paraná o governo cumpre a obrigação de dotar o Estado do aparelhamento necessário e de uma política de tratamento penal humanizado, promovendo a ressocialização dos presos pela educação, além de contribuir para desafogar as cadeias públicas com problemas de superlotação.


O Diário do Norte do Paraná.

Fotos do Blog do Salsicha.

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