terça-feira, 24 de junho de 2008

Caminhoneiros anunciam paralisação de 24 horas para amanhã

Caminhoneiros de todo o país estão com indicativo de paralisação de 24 horas para amanhã (25). A categoria reivindica preços mais baixos para o óleo diesel, diminuição do valor do frete, alteração no Decreto 49.487, que regulamenta novas restrições para a circulação de caminhões na cidade de São Paulo, e melhorias para motoristas autônomos.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José da Fonseca Lopes, disse que a greve será diferente das anteriores: primeiro, a categoria vai interromper as atividades, para depois entrar em negociação com os órgãos competentes. “Para atingir o governo, temos de fazer pressão política. Por isso a classe decidiu, a priori reivindicar, para depois negociar, pois só assim, conseguiremos lutar pelo que a classe necessita.”, afirmou Lopes, em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional.

Lopes ressaltou que, se o governo não modificar o Decreto 49.487, a entrega das mercadorias certamente atrasará e trará prejuízos para os motoristas que transportam produtos perecíveis. “Umas das reivindicações é que as marginais sejam liberadas, de uma estado para outro, pois a capital paulista é local estratégico de passagem e de distribuição de produtos. Se os carros não puderem passar das 5 às 21 horas, com certeza isso trará retardamento nas entregas e prejuízo aos motoristas que carregam frigorificados, cargas vivas e hortifrutigranjeiros.”

Segundo o sindicalista, o governo pouco tem feito pela melhoria e qualidade do setor, principalmente para caminhoneiros autônomos. Ele lembrou que esses trabalhadores têm dificuldades na aquisição de financiamento para compra de veículos novos e, quando conseguem, a entrega do carro costuma atrasar até seis meses, o que gera um prejuízo incomensurável.

Lopes espera que o resultado da paralisação de amanhã sensibilize as autoridades e que, com isso, elas apresentem propostas de solução para a categoria.

Na entrevista, o sindicalista recomendou que os motoristas não saiam de casa. Aos caminhoneiros que trafegam nas rodovias, sugeriu que parem em postos de abastecimento ou em locais seguros, pois podem acorrer imprevistos violentos da parte de alguns manifestantes. “Faço um apelo à categoria para que adira à paralisação, porque pode acontecer de caminhoneiros alterados realizarem atos de depredação, como aconteceu na greve de 1999.”


Agência Brasil.

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