O governador Sergio Cabral falou na manhã desta segunda-feira sobre as investigações da tortura sofrida por uma equipe de reportagem do jornal 'O Dia' e um morador da Favela do Batan, em Realengo. De acordo com Cabral, o governo tem atacado duramente a atuação de milícias em favelas, mas ponderou, no entanto, que não é possível acabar com o problema num passe de mágica. Para o governador, a tortura dos jornalistas é uma prova concreta de que não é possível mudar o caminho de enfrentamento ao poder paralelo no estado do Rio, seja combatendo a ação do tráfico ou das milícias.
Depois de relembrar sua atuação por cerca de 13 anos como jornalista, Cabral classificou o episódio como chocante e citou o assassinato de Tim Lopes:
- Nós tivemos dois momentos que provam que não podemos mudar nosso rumo. Em 2002, tivemos o caso gravíssimo, pavoroso da morte do jornalista Tim Lopes pelos traficantes. Agora, temos os jornalistas sendo torturados por milicianos. Por isso, estamos nessa política dura e permanente. Qualquer poder paralelo no Rio, tráfico ou milícia, sofrerá a ação dura da segurança pública.
O Globo Online
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