RIO - Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mostra que, do total de 54,7 milhões de domicílios particulares pesquisados em 2006, em cerca de 10 milhões foram encontradas pessoas que recebem dinheiro de ao menos um programa social, o que corresponde a 18,3% dos domicílios particulares do país. Em 2004, ano em que o Bolsa Família, carro-chefe dos programas do governo federal, encontrava-se em processo de implantação, esse percentual era de 15,6%. ( Veja a pesquisa completa do IBGE )
A pesquisa do IBGE mostra que quase metade dos brasileiros mais pobres está excluída dos programas de transferência de renda do governo federal. Nos domicílios com renda mensal per capita inferior a 1/4 de salário mínimo, 54,3% recebem dinheiro de programas sociais - o que significa que 45,7% não recebem, o equivalente a 1,87 milhão de famílias que não foram alcançadas pelos programas sociais, mesmo com perfil socioeconômico adequado a ingressar neles.
O estudo mostra ainda que os programas sociais do governo federal proporcionaram uma melhoria de vida das famílias beneficiadas nos dois anos subseqüentes à sua implantação. Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal dos domicílios saltou de R$ 524 para R$ 601 no período. O número ainda é inferior aos domicílios que não reportaram qualquer recebimento de programas como o Bolsa Família ou qualquer outro programa social, que é de R$ 699, mas apresentou um crescimento em 2006 em comparação com 2004.
Fonte: Marcelo Alves - O Globo Online
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