quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Um terço dos brasileiros vive em condições precárias

Mais de 30% dos brasileiros vivem em condições precárias de moradia. Um estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, em todo o Brasil, 54 milhões de pessoas, o equivalente a 34,5% da população urbana, ainda vivem em condições inadequadas.

Os principais problemas habitacionais, segundo o Ipea, estão relacionados ao grande número de pessoas por domicílio (adensamento excessivo), aos gastos com o pagamento de aluguel, à proliferação de assentamentos precários e aos casos de mais de uma família vivendo em uma mesma residência.

O número de pessoas que moram em domicílios onde há superlotação, com densidade superior a três pessoas por cômodo usado como dormitório, por exemplo, é de 12,3 milhões de habitantes, ou seja, 7,8% da população urbana.

De acordo com o estudo, os brasileiros que sofrem com o adensamento excessivo estão concentrados nas regiões de Belém (PA) e São Paulo. A Região Metropolitana de Porto Alegre é a segunda no país que menos sofre, com 5,3% da população vivendo nessas condições, atrás apenas de Curitiba (PR).

A Capital também é a segunda colocada com o menor gasto excessivo com o pagamento do aluguel – mais de 30% da renda – atrás de Belém. A pesquisa indica 2,7% da população de Porto Alegre com esse problema.

Entre 2006 e 2007, o país aumentou a proporção da população urbana com acesso à rede de coleta de esgoto. Segundo o estudo, o índice passou de 54,4%, em 2006, para 57,4%, em 2007.

As Regiões Sul e Sudeste conseguiram as melhores taxas, com 85% e 93%, respectivamente.

Mais espaço na Capital:

População que mora em domicílios urbanos com três ou mais pessoas por dormitório (em %)
Curitiba 3,8
Porto Alegre 5,3
Distrito Federal 6,0
Belo Horizonte 6,4
Rio de Janeiro 8,6
Fortaleza 9,1
Recife 9,5
Salvador 10,6
São Paulo 11,7

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