Irwin Cotler, um liberal membro do Parlamento e ex-ministro de Justiça do Canadá, solicitou ao Parlamento canadense que aprovasse seu projeto de lei para ajudar a romper o silêncio dos prisioneiros de consciência e pelo fim do tráfico de órgãos.
A proposta de lei, apresentada no Parlamento canadense em 6 de dezembro de 2013, propõe sancionar todas as pessoas implicadas conscientemente na subtração de órgãos. Tanto os cidadãos canadenses como estrangeiros em território canadense seriam submetidos à lei. A legislação estabeleceria uma lista de pessoas que se acredita estarem envolvidas na subtração de órgãos e lhes solicitaria a documentação da fonte dos órgãos usados nas operações de transplantes.
Cotler citou a perseguição ao Falun Gong como um exemplo da criminalização de inocentes: “Porque o Falun Gong não esta faz outra coisa senão resgatar os valores tradicionais da antiga China, os valores de verdade, compaixão e tolerância. Que eles sejam criminalizados por expressarem esses valores tradicionais, para mim isso é outro exemplo do que nos referíamos no caso da China como uma criminalização da inocência em violação aos direitos humanos.”
“Sabemos que há extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong, o que constitui violação das normas internacionais, e para a qual eu tenho um projeto de lei a respeito com a finalidade de por um fim nisto”, acrescentou ele.
O sr. Cotler propôs um plano de ação de 10 pontos, incluindo afastar o regime chinês do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. “Estamos fazendo um apelo para que a China não seja um país merecedor de assento no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. De fato, ela não deveria se sentar neste Conselho por estar envolvida na ampla e sistemática violação dos direitos humanos”, afirmou Cotler.
O sr. Cotler acabou de regressar da Cúpula de Genebra pelos Direitos Humanos e Democracia, onde pronunciou o discurso e se reuniu com dissidentes de mais de 20 países: “A Cúpula deu voz a mulheres e homens corajosos que sofrem nas sombras da violação dos direitos humanos. Estes heróis da humanidade são verdadeiros medalhistas de ouro da coragem moral.”
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