sábado, 18 de outubro de 2008

Quando o amor é patológico

Especialistas em psiquiatria admitem que situações de ciúme doentio, como a que se assemelha ao comportamento de Limderberg Fernandes Alves não são apenas um exagero, mas uma doença que passou a ser estudada recentemente.

E esse amor patológico, somado a fatores como características violentas de uma pessoa, muitas vezes pode se tornar agressivo e perigoso. No entanto, segundo o diretor do Instituto Psiquiátrico Forense, Rogério Cardoso, é difícil traçar um perfil de pessoas que sofrem desse mal, mas há alguns sintomas que ajudam a identificar o problema.

O principal deles é a transformação da vida de quem sente o ciúme e de quem é vítima dele. O ciumento, diz Cardoso, passa boa parte do dia pensando no relacionamento ou imaginando se está sendo traído. Além disso, o sofrimento atrapalha outros setores da vida:

– Esse tipo de situação, de ciúme patológico, é excepcional e não significa que a pessoa se tornará um seqüestrador homicida – explica Cardoso, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.

Para o psiquiatra Sergio Cutin, algumas situações podem mostrar que o relacionamento não está bem, podendo denotar o ciúme doentio. Ele cita os interrogatórios para saber com quem falou durante o dia, onde esteve, restrição de amizades ao parceiro, checagem de e-mails e de ligações no celular.

– Há uma invasão de privacidade e a falta de respeito. O ciumento sente um sofrimento porque a outra pessoa não faz o que ele quer e começa a demonstrar sua personalidade. Isso causa sofrimento, e o ciumento quer destruir a origem desse sofrimento.

Zero Hora.

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