A tornozeleira
eletrônica separa
o joio do trigo, é
uma ferramenta de
segurança pública
GELSON TREIESLEBEN*
O desconhecimento da realidade prisional, especialmente do que ocorre com os presos dos regimes semiaberto e aberto é, sem dúvida alguma, o maior motivador das manifestações contrárias ao Programa de Monitoramento Eletrônico de Sentenciados, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça, Secretaria da Segurança Pública e Susepe.
Não há dúvidas de que o programa é muito eficiente e oferece maior segurança à sociedade e melhores condições de recuperação aos presos que desejam abandonar o mundo do crime.
A concessão de prisão domiciliar mediante monitoramento eletrônico tem se mostrado um hábil instrumento de segurança pública, tanto que dos 969 presos que passaram pelo monitoramento eletrônico nos últimos cinco meses, apenas 20 (o que representa 2% do total) foram flagrados cometendo novos crimes, fruto da eficiência policial. Por outro lado, no mesmo período, tivemos 223 presos do regime semiaberto sem monitoramento eletrônico flagrados em novos delitos.
Entendemos que a prisão domiciliar sem monitoramento eletrônico tem facilitado as ações criminosas, justamente porque não são fiscalizados e vigiados 24 horas por dia pelo Estado. Entretanto, quando monitorados, a tornozeleira tem se mostrado ser o verdadeiro calcanhar de Aquiles da criminalidade, tanto que alguns presos preferem não usar.
A tornozeleira eletrônica separa o joio do trigo, é uma ferramenta de segurança pública, possibilita a individualização da pena, inibe as ações das facções criminosas, amplia as ações das forças policiais e gera economia aos cofres públicos, elementos necessários para mantermos e aprimorarmos este processo tecnológico de gestão a favor da sociedade.
* Superintendente da Susepe
Zero Hora. Postado por Editoria de Opinião, às 0:03
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