Austríaco que prendeu filha dizia que a mataria com gás se ela tentasse fugir
Não bastasse o horror claustrofóbico de viver em um porão fétido, Elisabeth Fritzl e seus filhos possivelmente conviveram com a ameaça constante de serem mortos com gás, caso tentassem escapar do porão onde eram mantidos enclausurados por Josef Fritzl, o pai e algoz.
Segundo a polícia, o austríaco que manteve a filha presa por 24 anos e teve sete filhos com ela ameaçou várias vezes matá-los se tentassem dominá-lo e fugir do cativeiro. O porta-voz do escritório federal de investigações, Helmut Greiner, disse que os investigadores estão examinando o porão para verificar se Fritzl havia de fato instalado um mecanismo que poderia lançar gás na área sem janelas, como ele afirmou durante o interrogatório inicial da polícia. Os especialistas também estão checando outra informação de Fritzl, de que a porta reforçada que levava ao porão tinha um mecanismo que permitiria sua fácil abertura pelo lado interno caso ele se ausentasse por um período muito longo - possivelmente mais uma das mentiras do austríaco.
Um homem que afirma ser ex-inquilino de Fritzl disse que ouviu ocasionalmente ruídos suspeitos da área de confinamento durante os 12 anos em que morou na residência. Alfred Dubanovsky contou que, ocasionalmente, ouviu "batidas" e o que parecia ser objetos sendo derrubados enquanto viveu no apartamento térreo do prédio de propriedade de Fritzl. O "monstro de Amstetten" dizia a todos os inquilinos que o acesso ao porão era proibido e ameaçava expulsar os que desrespeitassem o acordo verbal.
Segundo cunhada, Fritzl agia como "um déspota"
Christine R., cunhada do criminoso, também denunciou, em entrevista ao jornal Österreich, que Fritzl, um eletricista aposentado, descia "todas as manhãs às 9h ao porão, supostamente para fazer projetos de máquinas que queria vender".
- Às vezes, também passava a noite toda ali. Agora sabemos o porquê - acrescentou a cunhada de Fritzl, se referindo aos sistemáticos abusos sofridos por Elisabeth, hoje com 42 anos.
Christine, 56 anos, afirmou ainda que Fritzl humilhou sua irmã, Rosemarie, durante os 51 anos de casamento e que sempre maltratou seus filhos (Elisabeth tem seis irmãos), que em muitos casos se casaram jovens para deixar a casa da família.
- Minha irmã se casou com Josef quando ela tinha 17 anos, não tinha formação nem profissão, e ele se aproveitou dela de forma brutal durante 51 anos. Josef era um déspota, sempre o odiei - disse a cunhada.
Zero Hora.
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