O publicitário Roberto Justus e o jornalista Milton Neves estão envolvidos em uma briga judicial. Neves pede indenização de Justus porque deixou a Record em 2008, a convite de Justus, para fazer com ele o programa Terceiro Tempo, na Band. O programa, no entanto, foi abortado.
Segundo o advogado de Milton Neves, José Carlos Costa Netto, a indenização para Neves pode chegar a R$ 70 milhões. Aí, estão incluídos os valores que o jornalista e apresentador receberia com o programa e a receita publicitária. A ação foi entregue no dia 13 de fevereiro ao juízo da 6ª Vara Cível de São Paulo.
Em carta divulgada para a imprensa, Justus afirma que a ação é injusta e que ele nada deve para Neves. Segundo o publicitário, o projeto do novo programa foi cancelado por motivos financeiros e operacionais, “não tendo eu nenhuma responsabilidade pela saída do apresentador da Rede Record para a TV Bandeirantes”.
Leia a carta de Roberto Justus
Em respeito à opinião pública, às autoridades e à mídia a propósito de noticiário sobre ação judicial contra mim movida pelo apresentador Milton Neves, desejo esclarecer:
1. A ação é injusta porque não tenho nenhum débito com o apresentador em questão.
2. O cancelamento do projeto ocorreu por inviabilidade financeira e operacional, não tendo eu nenhuma responsabilidade pela saída do apresentador da Rede Record para a TV Bandeirantes.
3. O procedimento de liquidação da Brainers, empresa da qual eu era sócio-administrador, ocorreu dentro da mais absoluta legalidade, não havendo nenhuma pendência, como aponta o noticiário, citando o apresentador.
4. Clodoaldo Araújo, vencedor de “O Aprendiz 5” e meu sócio em outro projeto, não teve nenhum envolvimento com a produtora nem na decisão de liquidá-la. Daí carecer de algum fundamento a acusação constante no noticiário, também tendo como fonte o apresentador.
5. Embora não tenha sido oficialmente notificado pela justiça, decidi fazer este esclarecimento público em defesa da restauração da verdade dos fatos, que é o alicerce maior do julgamento tanto da justiça como da opinião pública. Se há uma evidência histórica que marca a minha carreira de mais de três décadas, é que sempre respeitei os contratos firmados e jamais o meu nome esteve envolvido em nenhum episódio desabonador.
Como tenho a consciência de que a verdade está ao meu lado, estou convicto de que os fatos falarão mais alto na imprensa e na justiça e que o tempo, senhor da razão, irá iluminar a face real deste triste episódio.
Roberto Justus
Revista Consultor Jurídico, 23 de fevereiro de 2009
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