quarta-feira, 21 de maio de 2008

Novos casos de HIV/Aids predominam entre jovens

Cerca de 50% dos novos casos de HIV/Aids corresponde a jovens de 10 a 24 anos de idade, afirmou ontem a doutora Cecília Bañuelos Barrón, diretora de Pesquisa em Saúde, Biotecnologia e Meio Ambiente do Instituto de Ciência e tecnologia do Distrito Federal, México, ao inaugurar os trabalhos do Segundo Encontro Universitário sobre HIV/Aids.

No auditório Raoul Fournier Villada da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Bañuelos Barrón também disse que, segundo o Centro Nacional para a Prevenção e Controle do HIV/Aids (Censida - sigla em espanhol), dos 115.651 casos de Aids registrados até novembro de 2007, mais de 78% se refere a pessoas que têm entre 15 e 44 anos de idade, "razão que denota a grande necessidade de prover os jovens de ferramentas como a educação sexual integral que lhes permita viver uma sexualidade livre, informada e responsável".

Logo após, a funcionária do Governo do Distrito Federal deu início à campanha "Brigadas Informativas sobre HIV/Aids 2008", mediante a qual cerca de 80 jovens do ensino secundário, preparatório e de licenciatura promoverão, no que resta do ano, a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre seus contemporâneos em diversas instituições de educação.

Bañuelos Barrón pediu aos brigadistas que fossem adiante. Os estudantes da Escola Secundária Técnica n°2 e da Escola Superior de Medicina do Instituto Politécnico Nacional, assim como os integrantes do instituto da Juventude do DF, escutaram que "distribuirão material informativo entre seus companheiros, familiares, amigos e cidadãos. Serão como porta-vozes entre a população transmitindo os conhecimentos necessários para nos prevenir da pandemia".

Por sua vez, a doutora Noris Pavía, especialista em infectologia pediátrica, ressaltou que um terço da população mundial infectada por HIV/Aids tem entre 10 e 24 anos. Atualmente, cerca de 6 mil jovens de 15 a 24 anos se integram a esta cifra. Além disso, um terço dos casos de DSTs no planeta corresponde a pessoas de 13 a 20 anos.

Por isso, acrescentou que é importante a implementação de ações governamentais, acadêmicas e da sociedade civil que ajudem a reverter tais cifras.

Propôs a criação de uma clínica especializada em adolescentes, uma vez que estes não se identificam nem com as crianças nem com os adultos. Além disso, afirmou que a educação sexual "entre pares" surte maiores efeitos.

Por sua parte, o doutor Jorge Saavedra, diretor do Censida, enfatizou que uma prioridade em matéria de HIV é "educação sexual em todos os níveis - desde o primário até a universidade -, pois é ela nos abre a mente, nos tira os preconceitos e tabus".


Adital.

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