Um agricultor aposentado é acusado de manter a mulher em cárcere privado por quase duas décadas. A vítima era proibida de sair do sítio em que o casal morava, em Pedranópolis, a 560 quilômetros da capital paulista. Aos 16 anos, a mulher foi morar com o agricultor. Em depoimento à polícia, ela disse que não podia sequer acompanhar as duas filhas que teve com ele até a escola. A vítima afirmou que em 18 anos saiu poucas vezes de casa, sempre acompanhada do marido. Ela afirmou ainda que era impedida de visitar os parentes e de receber visitas da família em casa. À polícia, ela ainda afirmou que era obrigada a fazer serviços pesados, fazer cercas, tratar animais e carregar sacos.
O caso do austríaco que manteve a filha em cativeiro durante 24 anos motivou a família da mulher a fazer a denunciar o agricultor Ary Hernandez Castijo. O agricultor foi preso em flagrante.
Na casa dele, a polícia encontrou dois revólveres e uma espingarda. Em depoimento, a vítima disse que tinha medo de denunciar o marido porque ela e os parentes eram ameaçados de morte. O agricultor vai ser indiciado por cárcere privado, posse ilegal de armas, ameaça e por submeter a mulher a trabalho escravo. A pena para estes crimes pode chegar a 16 anos de prisão.
O Globo.
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