Relatório faz uma comparação do desenvolvimento entre os jovens do Mercosul, e apresenta dicas para lidar com seus principais problemas.
Será lançado nesta quarta-feira, em Brasília, o Relatório de Desenvolvimento Humano para o Mercosul "Inovar para Incluir: Jovens e Desenvolvimento Humano". O documento, apresentado em espanhol em dezembro passado, estará disponível agora em português. Ele expõe dados sobre a vida dos jovens dos quatro países fundadores do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, como forma de contribuir para o debate sobre a importância de se investir na juventude para avançar na questão do desenvolvimento humano.
Segundo Regina Novaes, consultora do PNUD, o lançamento acontecerá no II Encontro dos Conselhos da Juventude, que reúne os conselheiros e os gestores de políticas nacionais para essa parcela da população. "Então todos eles levarão o documento, já que são os maiores destinatários", afirma.
O lançamento do livro será às 10 horas no Hotel St. Peter – Setor Hoteleiro Sul Quadra 02 Bloco D. Estarão presentes o presidente interino do PNUD Brasil, Eduardo Gutierrez, o Secretário Nacional da Juventude, Beto Cury, e a própria Regina Novaes.
Brasil
Segundo o estudo, o Brasil, 75º no Ranking do IDH, "é o único país dos quatro que alcançou uma melhora substancial no médio prazo, com uma redução de mais de um terço da pobreza estrutural [privação reforçada por barreiras sociais, econômicas e administrativas que impedem o acesso a oportunidades de trabalho, melhor assistência hospitalar e moradia]", diz o estudo. Ele sugere que este comportamento está associado a um forte aumento no nível educativo dos jovens registrado nos últimos anos.
O relatório também indica que persistem as diferenças regionais, sendo que a região nordeste é "uma das zonas do Mercosul onde os jovens vivem em piores condições". Negros, mulatos e principalmente índios continuam os mais expostos à pobreza.
Além disso, a violência, os altos níveis de desigualdade, a discriminação de gênero e o sentimento de exclusão dos mecanismos formais de participação política são outras queixas comuns aos jovens brasileiros. Entretanto, "os jovens estão conscientes de seus direitos, e por isso formulam diversas demandas ao Estado como, por exemplo, a diminuição da violência, melhorias na saúde e educação e luta contra a corrupção", diz o relatório.
PNUD.
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