O departamento americano de segurança doméstica (DHS - Department of Homeland Security) está testando e aperfeiçoando um sistema de detecção de más intenções que será usado como medida preventiva antiterrorista em locais como aeroportos e fronteiras.
Como no filme "Minority Report", em que um esquadrão perseguia futuros criminosos antes de eles cometerem seus crimes, o novo sistema foi inicialmente anunciado como um aparato capaz de ler mentes. O protótipo chama-se FAST M (Future Attribute Screening Technologies - Mobile Module) e, na verdade, apenas interpreta sinais colhidos na pessoa sendo examinada - parâmetros como dados biométricos e reações corporais. Trata-se de um identificador de possíveis intenções hostis, funcionando em tempo real e empregando sensores não-invasivos.
Combinando as informações colhidas, o FAST M, também conhecido como MALINTENT, julga se o perfil do examinado aponta para uma necessidade de esclarecimentos adicionais. Caso positivo, a pessoa é encaminhada a um funcionário do DHS para um questionamento primário. Se persistirem dúvidas, ela é encaminhada a um segundo nível de perguntas, mais demorado e mais aprofundado.
O FAST M é um longo trailer metálico com interior modular, rebocado por caminhão e cheio de equipamentos avançados de medição. As pessoas formam filas diante das quatro portas da estrutura e, lá dentro, são examinadas uma a uma.
A novidade, como não poderia deixar de ser, vem causando justificadas irritação e receio nos cidadãos americanos, que consideram-na mais uma intromissão exagerada em suas intimidades, atentando contra sua privacidade. O sistema será usado em conjunto com sensores de metais, radiação, tóxicos e explosivos.
Segundo o DHS, o FAST M foi testado recentemente no estado americano de Maryland com 144 pessoas que pensavam estar indo a uma exposição de tecnologia.
O Globo.
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