Três alunos de 12 a 15 anos, da 5ª série da Escola Estadual Reverendo Eliseu Narciso, no DIC 3, na periferia de Campinas (99 km de SP), colaram com uma cola de secagem rápida uma professora de artes de 28 anos na cadeira dela no início da aula.
A professora --que não teve o nome divulgado-- ficou com as pernas feridas com queimaduras de primeiro grau depois que a cola corroeu a sua calça jeans e feriu a pele. O caso ocorreu na última sexta (19).
A professora conseguiu se desprender da cadeira e foi atendida em um pronto-socorro. Ela passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
Segundo apuração da direção da escola, os alunos aproveitaram a hora do intervalo para passar a cola na cadeira.
Apenas um aluno de 12 anos admitiu ter participado do ato, mas outros alunos da mesma sala contaram à direção da escola que outros dois estudantes estavam envolvidos.
O aluno que disse ter envolvimento prestou depoimento na Delegacia de Infância e da Juventude e suas declarações foram encaminhadas para a Vara da Infância e da Juventude, que definirá qual será a punição. Os pais do alunos também serão ouvidos pela Justiça.
O conselho da escola, formado por pais de alunos, professores e pela direção da escola, se reúne na sexta-feira (26) para determinar a punição aos alunos, que pode ser a transferência para outra escola, suspensão ou advertência.
"Nós já tomamos conhecimento de mais este caso. A violência contra professores é cada vez mais freqüente nas escolas. Há casos de alunos que colocaram até tachinhas na cadeira do docente. É preciso implementar medidas socioeducativas nestes alunos", disse o diretor da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Paulo Alves Pereira.
"Não há mais limites para os alunos como havia antigamente. São diversos os casos de agressão física e verbal nas escolas", disse o professor e conselheiro da Apeoesp em Campinas José Pereira da Silva.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou nesta terça-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que a diretora da escola preferiu não comentar o caso.
Em dezembro do ano passado, uma professora de matemática da rede estadual em Rolândia (PR) também foi colada na cadeira por estudantes na sala de aula. A cola também provocou ferimentos na docente, de 35 anos.
Fonte: MAURÍCIO SIMIONATO - Agência Folha
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