No México, uma em cada dez mortes é de crianças menores de cinco anos. A informação está presente no relatório "A Infância conta no México 2008", divulgado nessa semana, pela Rede pelos Direitos da Infância no México. O documento revela que as 17,5 milhões de crianças de 0 a 8 anos que vivem no país enfrentam enormes riscos para sua sobrevivência.
O estudo destaca que um dos maiores problemas para a proteção das crianças é a falta de pediatras: são somente 13 mil pediatras no país e uma quarta parte deles se concentra no Distrito Federal e no Estado de México. A presidente do Conselho da Rede, Nashieli Ramírez, afirmou que um dos maiores problemas enfrentado pela população infantil é a invisibilidade na qual se encontram quando da elaboração das políticas públicas.
Ramírez destacou ainda que, em todas os aspectos considerados nesta edição do relatório, existem graves desafios para as políticas públicas dirigidas a esta população. O documento contém 60 indicadores classificados em oito domínios: demográfico, cidadania, saúde, educação, economia, segurança, hábitat e legislativo.
A Rede expressa a necessidade de o Estado mexicano atender as recomendações do Comitê dos Direitos da Criança das Nações unidas, contempladas na Observação Geral n°7, sobre a realização dos direitos da criança na primeira infância. O documento da ONU faz um apelo para que os Estados atribuam mais recursos humanos e financeiros aos serviços e programas destinados à primeira infância.
Adital.
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