terça-feira, 23 de setembro de 2008

Polícia indentifica autores da chacina de Guaíra

A Polícia do Paraná já identificou os autores da chacina que matou 15 pessoas, no início da tarde desta segunda-feira, em Guaíra (oeste do Estado), na fronteira com o Paraguai.

O crime ocorreu por volta das 13h30. A maioria das vítimas estava envolvida com o tráfico de drogas.

De acordo com o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, mais de 200 policiais tentam localizar e prendes os autores da chacina. Ele espera contar com a cooperação da polícia paraguaia para a prisão dos assassinos.

Segundo o apurado pela Polícia paranaense, os criminosos fugiram de barco para o Paraguai, logo após o crime. “Foi um acerto de contas entre traficantes”, revelou Delazari.

O secretário afirmou que os assassinos, provavelmente mais de cinco, chegaram de barco pelo Lago de Itaipu a uma pequena favela, conhecida por “Vila Santa Clara”, onde residiam as vítimas, na entrada do município de Guaíra.

O grupo estava à procura de Jocemar Marques Soares, conhecido por “Polaco”, que já cumpriu pena por trafico de drogas e que estaria devendo R$ 4 mil para o bando, além de ter ordenado a execução de um traficante rival.

Em um dos barracos, os bandidos encontraram o “Polaco” e mais duas mulheres, que foram assassinadas no local. Depois, forçaram o “Polaco” a ligar para os comparsas e pedir que fossem a um galpão próximo ao barraco, que provavelmente era usado para o tráfico de drogas.

À medida que as pessoas chegavam ao galpão, eram rendidas e amarradas pelos assassinos. Todos foram executados com tiros de calibre 12, 9 mm e 38.

“Outras oito pessoas ficaram feridas, algumas tiveram que se fingir de mortos”, acrescentou o secretário.

Na fuga, os traficantes mataram mais seis pessoas, uma delas na beira do Rio Paraná, onde o bando teria deixado o barco para a fuga.

“Portanto não se pode dizer que todas as vítimas eram ligadas ao tráfico de drogas. Acredito que elas teriam surpreendido e identificado os autores da chacina”, contou Delazari, que com base no depoimento dos sobreviventes já identificou alguns integrantes do bando.

“Não podemos revelar os nomes, para não atrapalhar as investigações. Mas posso garantir que, apesar de terem fugido para o Paraguai, são todos brasileiros e atuam no tráfico de drogas naquele país”, acrescentou.

A operação para a captura dos assassinos envolve policiais de Guaíra, Toledo, Cascavel e cidades vizinhas. As buscas estão sendo feitas por terra, ar e pelo Lago de Itaipu, na fronteira com a cidade Salto Del Guairá, no Paraguai.

Policiais da Ronda Ostensivas de Natureza Especial (Rone), de Curitiba, estão em Guaíra, para ajudar na captura dos marginais. Também participam da operação agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, policiais do Cope, Denarc, Choque e P2 (serviço reservado da Polícia Militar do Paraná).

Em paralelo a ação da polícia paranaense, o secretário Delazari mantém contato com autoridades paraguaias, pedindo a cooperação na busca e captura dos assassinos.

O Diário do Norte do Paraná.

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