sábado, 6 de setembro de 2008

Justiça condena igreja por padre 'apressar' casamento em MG

Padre não deu a bênção final e noivos ficaram abalados; como desculpas, ele promete uma bênção do papa

SÃO PAULO - Um casal vai receber indenização de R$ 2 mil depois que um padre fez um casamento "apressado" em Belo Horizonte, em Minas Gerais. A decisão foi tomada pela Justiça do Estado, que condenou na quinta-feira, 4, a Mitra Arquidiocesana a indenizar um casal de comerciantes por danos morais, principalmente pela falta da bênção final na cerimônia de casamento e o abalo sofridos pelos noivos.

O casal acusa o padre de ter celebrado o casamento com pressa. O casamento aconteceu no dia 14 de outubro de 2005 e o padre não deu nem mesmo a bênção final. O casal, segundo o TJ, teria ficado tão abalado que cancelou a recepção já marcada.

Segundo os noivos, o casamento estava marcado para as 20h30, mas quando o noivo chegou à igreja, o padre já estava enfurecido, afirmando que a cerimônia estava marcada para as 20 horas e que não iria celebrar o casamento, pois os noivos estavam atrasados.

A noiva, em seu depoimento, foi avisada do tumulto quando ainda estava no salão de beleza e teve que sair às pressas sem acabar de se arrumar. Ao chegar na igreja, ela tentou argumentar com o padre que havia ocorrido um erro da secretaria da igreja, que passou para ele equivocadamente o horário das 20 horas. Entretanto, ele estava irredutível e nervoso, inclusive chamando-a de inconseqüente, irresponsável e cara-de-pau e que iria celebrar o casamento em cinco minutos.

Segundo alega o casal, o padre celebrou o casamento em pouco mais de 15 minutos, tirando a batina, no próprio altar, sem dar a bênção final. Ainda saiu da igreja tratando a todos de forma grosseira, impedindo os músicos contratados de fazer a apresentação final.

O padre, por sua vez, comprovou que o casamento estava marcado para as 20 horas e alegou que os noivos chegaram atrasados. Ele argumentou ainda que, para compensar a falta da bênção final, ele providenciara uma bênção por escrito do Papa Bento XVI.

Estadão.

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