Os norte-americanos andam se questionando sobre a aplicação da pena de morte. Mas não se trata de um debate de cunho moral, e sim econômico. Os tempos estão realmente difíceis.
O fato é que a pena capital torna o condenado muito mais caro para o contribuinte do que a aplicação da prisão perpétua. No Estado de Maryland, por exemplo, o custo de um walking dead man, desde a sentença até a execução, é de pelo menos US$ 3 milhões; a prisão perpétua tem custo pouco acima de US$ 1 milhão.
A revista The Economist informa que o debate vem ocorrendo em pelo menos quatro Estados: Colorado, Kansas, Novo México e New Hampshire.
Além da preocupação com a redução de custos, há o fato de a pena de morte não levar a uma queda no índice de criminalidade. Estados como Texas (que tem a pena capital quase como patrimônio cultural) e Oklahoma, onde mais se realizam execuções, o banditismo é muito mais elevado do que em Estados que aplicam a prisão perpétua.
Este argumento é antigo, e não comoveu a maioria dos norte-americanos. Até hoje, somente 14 Estados dos EUA aboliram a pena de morte. Mas a grande crise parece estar tocando corações, mentes e bolsos da geração subprime.
Nós, por David Moisés
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