quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Em Teresina, 35% dos presos com tornozeleira eletrônica estão foragidos

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) divulgou um balanço com o número de detentos  monitorados eletronicamente em Teresina e que são considerados foragidos do sistema prisional do Piauí. De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Kleiton Holanda, até esta terça-feira (18), dos 159 presos com tornozeleira eletrônica, cinco haviam morrido e 54 estão fora da área de cobertura, ou seja, em média 35% são considerados foragidos.



Segundo Holanda, o levantamento foi realizado este ano, após o cruzamento de informações da Secretaria de Justiça do Piauí e o Sinpoljuspi. O monitoramento eletrônico é um serviço criado pela Sejus em 2013, para garantir o cumprimento de medidas cautelares alternativas à prisão. Detentos que têm direito à tornozeleira eletrônica são presos provisórios, réus primários e suspeitos de crimes de pequena monta como furtos, agressão doméstica, infantil, entre outros. 
De acordo com informações do Sindicato, 75% dos foragidos advêm da Casa de Custódia. Para Kleiton Holanda, o sistema de monitoramento eletrônico em Teresina e em todo o Piauí é ineficiente. 
"Esses presos estão foragidos e não há um trabalho de recaptura. Eles só são presos quando cometem um novo delito e, assim, quem sofre as consequências é a população. Falta pessoal para acompanhar esses detentos, falta estrutura para fazer o transporte dos presos que saem da zona de cobertura, faltam agentes penitenciários e mais estrutura na sala de monitoramento eletrônico que funciona na Sejus e deveria ficar na Casa de Albergado", disse Kleiton Holanda.
Em Teresina, entre os casos recentes, está o de um jovem que foi preso, no último domingo (16), após o roubo de uma motocicleta. Ele foi localizado após quebrar a tornozeleira eletrônica. O veículo roubado possuía rastreador e o suspeito foi recapturado em menos de 24h.
O monitoramento eletrônico é uma alternativa para auxiliar na diminuição da superlotação das delegacias e presídios, além de economizar para o erário público na manutenção de presos. A tecnologia é formada por duas fibras ótica, inclui um GPS para determinar a localização por satélite e um modem para transmissão de dados por sinal de celular. 
NOTA DE ESCLARECIMENTO
 
Acerca do sistema de monitoramento por tornozeleira eletrônica, a Secretaria de Estado da Justiça do Piauí (Sejus) esclarece o seguinte:
 
1 – A taxa de êxito do monitoramento por tornozeleira eletrônica no Piauí em 2015 é de 82%; 
2 – Do total de 205 monitorados no Piauí em 2015 – 171 em Teresina e 34 em Parnaíba e Luís Correia –, 38 estão em situação irregular (18%). Os demais continuam regulares ou receberam alvará de soltura; 
3 – A Secretaria de Justiça está estudando ampliar o sistema de monitoramento eletrônico para Picos e Floriano ainda neste ano;
4 – A Secretaria de Justiça realizará em breve uma reunião com juízes e promotores de justiça criminais para tratar sobre a experiência exitosa da tornozeleira eletrônica no Estado e debater mecanismos de aperfeiçoamento do sistema de modo a aumentar ainda mais sua eficiência.
Secretaria de Estado da Justiça do Piauí
Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária da Sejus
Central de Monitoramento Eletrônico da Sejus
Fonte: http://cidadeverde.com/noticias/200339/em-teresina-35-dos-presos-com-tornozeleira-eletronica-estao-foragidos

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