A justiça iraniana decidiu suspender a pena de morte por apedrejamento pronunciada contra a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos, acusada de adultério. Apesar disso, ela ainda poderá ser enforcada.
Outras 15 pessoas estão no corredor da morte no Irã, aguardando serem apedrejados, pena cruel na qual as pessoas são enterradas até o pescoço e pedras enormes são jogadas nas suas cabeças.
O perdão parcial a Sakineh, fruto dos esforços dos seus filhos em gerar uma pressão internacional, mostrou a força da comoção internacional. Está ocorrendo um movimento na internet para combater a pena de morte por apedrejamento (petição virtual: http://www.avaaz.org/po/stop_stoning/?vl).
Sakineh foi condenada por adultério, assim como as outras mulheres e um homem, que aguardam a terrível medida. Seus filhos e advogado estiveram em sua defesa, alegando sua inocência e um julgamento injusto, porque sua confissão foi forçada e como ela somente fala azerbaijano, não conseguiu entender o que estavam perguntando no tribunal.
Apesar de o Irã assinar a convenção da ONU que requer que a pena de morte seja usada somente para os “crimes mais sérios” e apesar do Parlamento iraniano ter aprovado lei banindo o apedrejamento ano passado, o apedrejamento por adultério continua.
Os advogados de Sakineh dizem que o governo iraniano “está com medo da reação pública no Irã e da atenção internacional” para acabar com o apedrejamento. Somente depois dos Ministros da Turquia e do Reino Unido declararem-se contra a sentença de Sakineh é que ela foi suspensa. Mais uma mostra da força da pressão internacional na defesa dos direitos humanos.
IBCCRIM.
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