Por decorrência de uma série de fotos chamada Stop the Violence (bit.ly/stopviolence), François Robert, fotógrafo bem conhecido nos Estados Unidos e na comunidade européia, foi um dos finalistas para os “International Photographer of the Year” Award (Lucie Awards).
Sua fotografia artística é um tanto quanto provocativa e abrange uma vasta gama de assuntos, desde naturezas mortas até fotografias cândidas tomadas nas viagens ou na rua. Seus dois livros mais famosos são Faces e Face to Face.
“Os ossos sempre me fascinaram", diz o Robert. Seu portfólio sempre incluiu fotos de crânios de animais, encontrados no deserto. Ele até já passou cinco semanas fotografando crânios da coleção de um museu de história natural. Conta que em 2007, com a recessão econômica, precisou procurar o que fazer. "Eu tinha muito tempo livre. O que eu ia fazer com ele?". Decidiu, então, que queria um esqueleto que pudesse desmontar. Na internet, ele encontra um fornecedor de esqueletos humanos desarticulados, e faz uma encomenda de uma caixa contendo 206 ossos distintos, cada um real, nada de gesso ou resina.
Desde então, o Robert passou centenas de horas trabalhando com os ossos, dando cuidadosamente para eles umas formas icônicas e marcantes, de quase 2 metros, e os fotografando. Ele chama as imagens resultantes Stop the violence.
Por meio das figuras de ossos, François Robert mostra a iconografia das armas e da religião, as ferramentas utilizadas para a guerra e os temas comuns que dividem os inimigos.
Por meio das figuras de ossos, François Robert mostra a iconografia das armas e da religião, as ferramentas utilizadas para a guerra e os temas comuns que dividem os inimigos.
A arte de Robert carrega uma metalinguagem impressionante, é a morte falando da própria morte, é construção do que destrói com o que já está destruído/morto. As imagens trazem à tona o lado morto do mundo.
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