A pena por apedrejamento é permitida por lei no Iran, onde uma mulher de 43 anos foi condenada pelo crime de adultério. Sakineh Mohammadi Ashtiani pode ser morta a qualquer momento. Segundo a legislação iraniana, ela será enterrada até a altura do peito e só daí começará a ser apedrejada. As pedras devem ter o tamanho suficiente para causar dor, mas não para matá-la imediatamente, explica a ONG Anistia Internacional.
No dia 9 de julho, segundo informações da imprensa internacional, a execução de Sakineh havia sido suspensa, após mobilização mundial contra o ato. Mais de cem mil assinaturas foram entregues ao governo de Teerã. Porém, nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki garantiu que “a Justiça não suspendeu o apedrejamento”.
Segundo o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei, Sakineh foi forçada a confessar o crime após 99 chibatadas. Posteriormente, ela retirou a confissão e negou ter feito qualquer coisa errada. Ele acredita que a língua foi um obstáculo para sua cliente compreender o processo judicial, já que ela é descendente de azerbaijões e fala turco, não farsi.
A Anistia Internacional registrou 126 execuções no Irã do começo do ano até 6 de junho. O artigo 74 do código penal iraniano exige ao menos quatro testemunhos – quatro homens, ou três homens e duas mulheres – para condenar um adúltero à pena de morte. No caso de Sakineh, não houve testemunhas. Em geral, maridos forjam histórias desse tipo para se livrar do casamento.
Quem quiser assinar o manifesto internacional contra o apedrejamento deve acessar o site:http://freesakineh.org/
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