Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA descobriram que o uso de bebidas alcoólicas inibe a capacidade de detectar ameaças. O estudo explica a associação entre o envolvimento em comportamentos de risco e a ingestão de bebidas alcóolicas.
A pesquisa utilizou o método de ressonância magnética funcional, capaz de mapear a atividade das diversas áreas do cérebro diante de um estímulo determinado. O trabalhou avaliou a resposta cerebral de adultos saudáveis que recebiam uma quantidade de álcool ou de soro fisiológico. Após isso, era mostrada uma imagem de uma face com expressão de medo. Pesquisas anteriores mostraram que a exposição a essas imagens ativam regiões cerebrais que sinalizam ameaças.
Comparação
A comparação das imagens obtidas dos participantes que ingeriam álcool e dos que receberam somente soro fisiológico demonstrou que, sob o efeito da bebida, o cérebro reagia aos estímulos de ameaça de forma diferente. As regiões ativadas nas duas situações eram opostas, ou seja, sob o efeito do álcool o julgamento de uma ameaça iminente parecia comprometido.
Segundo Marina Wolf, da Universidade R. Franklin, a pesquisa demonstra o que já se conhece: o álcool nos deixa mais confiantes, permitindo atitudes que não tomaríamos completamente sóbrios. Por um lado isso ajuda em situações sociais, mas pode levar a erros de julgamento diante de situações de risco.
Pesquisas como essa mostram que o desenvolvimento de tecnologias de imagem que permitem a avaliação do cérebro em funcionamento ajudam na compreensão dos intrincados mecanismos de raciocínio e decisão.
Gazeta Online, 29/04/2008.
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