O austríaco Josef Fritzl, que admitiu ter mantido a filha Elizabeth presa em um porão por 24 anos, está se recusando a responder novas perguntas, de acordo com a polícia.
Os policiais dizem que Fritzl assinou um documento em que confessa ter mantido Elizabeth encarcerada, ter abusado sexualmente dela e ter tido sete filhos com a filha, mas se recusa a explicar os motivos.
A filha, Elizabeth, disse à polícia que era estuprada pelo pai antes mesmo de ser levada para o porão. Segundo a polícia, todos os aspectos da vida de Fritzl estão sendo investigados.
O chefe da polícia da Áustria Baixa, Franz Prucher, disse que os policiais estão investigando se Fritzl cometeu outros crimes.
"Temos que trazer à tona todos os aspectos da vida do suspeito", disse Prucher em entrevista à imprensa em Amstetten. "É a nossa obrigação investigar as circunstâncias que possibilitaram um crime que nos chocou tão profundamente."
Campanha
Na terça-feira, a polícia disse estar investigando a possível ligação de Fritzl com o assassinato de uma jovem há 22 anos.
O corpo de Martina P., de 17 anos, foi encontrado em 22 de novembro de 1986, enrolado em um plástico à beira do lago de Mondsee, no norte do país. Na época, Fritzl era proprietário de uma pensão que ficava em frente ao local.
Frtizl pode passar até 15 anos na prisão se for condenado por estupro e outros crimes.
Autoridades autríacas estudam a possibilidade de indiciar Fritzl por "assassinato por omissão", que pode levar a uma sentença maior, em conexão com a morte de um dos filhos que ele teve com Elizabeth.
O governo da Áustria disse que vai lançar uma campanha para restaurar a imagem do país no exterior e apagar os possíveis estragos causados pela grande repercussão do caso.
BBC Brasil
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