Efetivo de 15 homens procurará Adelir de Carli em uma área definida; outro balão é encontrado na mata.
CURITIBA - O Exército, por meio do 62º Batalhão de Infantaria de Joinville, Santa Catarina, entrou nesta segunda-feira para a equipe de buscas ao padre Adelir De Carli, de 41 anos, desaparecido no dia 20, depois de levantar vôo sentado em uma cadeira atada a mil balões de festas cheios de gás hélio. Segundo o setor de Relações Públicas do batalhão, 15 homens iniciaram o trabalho por volta do meio-dia e devem retornar ao meio-dia de terça-feira, 29. "Eles trabalharão em uma área definida", disse o responsável pelo setor de Relações Públicas, capitão Cruz.
Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários, Johnny Coelho, até agora foram vasculhadas cerca de 40% da mata da Praia Vermelha, formada por três morros, local mais provável de queda do padre, caso ela tivesse acontecido em terra. Nessa praia apareceram os primeiros balões e, domingo, foi encontrado mais um, de cor verde, em um local praticamente inacessível da mata.
Os outros 60% de mata da Praia Vermelha ficam da metade para cima dos morros. "Existe uma possibilidade de ele estar com vida, pois teria alimentação de sete a dez dias", salientou Coelho. Como esse tempo está vencendo, ele pediu a ajuda do Exército. "Com o Exército faremos uma varredura maior e mais rápida", afirmou. Os soldados têm experiência em buscas na mata. Mas começou chover durante à tarde, o que estava prejudicando um pouco o trabalho. Os soldados são auxiliados por dois bombeiros. Na terça-feira, mais oito devem se somar a eles.
Os Bombeiros Voluntários também continuam as buscas por mar, com duas lanchas e um jet ski. Eles também conseguiram um helicóptero cedido pelo Parque Temático Beto Carrero, que amplia a área vasculhada. Segundo Coelho, os bombeiros não têm um prazo para o término dos serviços. A Aeronáutica e a Marinha comandaram as ações no primeiro momento, mas ambas deram por encerradas as buscas oficiais na semana passada.
Na Paróquia São Cristóvão, em Paranaguá, onde o padre exerce o sacerdócio, continuam as vigílias e orações dos fiéis. O padre pretendia bater um recorde ficando 20 horas no ar e, com isso, divulgar a Pastoral Rodoviária, na qual trabalha. Ele decolou em meio a chuva e acabou levado para o mar e não para o interior do continente como planejava.
Estadão, 28/04/2008.
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