domingo, 13 de abril de 2008

Polícia mapeia bondes virtuais

O Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) identificou a existência de pelo menos 10 bondes virtuais em atuação na Capital. Entre os crimes atribuídos aos grupos, há dois homicídios ocorridos entre junho e dezembro do ano passado.

Nome inspirado em bailes funk no Rio de Janeiro, os bondes são formados a partir da internet: seus integrantes, jovens das classes média e baixa, criam páginas em sites de relacionamento como o Orkut especialmente para combinar atos de vandalismo, difundir suas idéias e promover provocações. Praticar crime não é o primeiro objetivo desses grupos.

- São gangues virtuais de jovens da Cidade Baixa, do Centro e do Bom Fim. Eles se juntam para fazer pichações e depois começam a praticar delitos - diz o titular da 1ª Delegacia do Adolescente Infrator da Capital, delegado Christian Nedel.

No ano passado, além das marcas deixadas nas paredes de prédios públicos e privados, os bondes produziram cadáveres. O primeiro assassinato de "bondeiros", como seus integrantes são chamados, ocorreu no final de junho. Em meio a uma festa junina na Escola Técnica Estadual Parobé, o estudante Luis Paulo Train, 19 anos, foi morto por adolescentes de um bonde rival. Em dezembro, Rafael Machado Pandolfo, 18 anos, seria a segunda vítima. Ele levou três tiros nas imediações do Parque Marinha do Brasil, por volta das 21h do dia 1º de dezembro. O matador era um adolescente de 16 anos.

Os grupos da Restinga Velha, que se aproveitam da internet para ameaçar rivais e confessar execuções, fazem um caminho inverso ao dos bondes: a internet é um espaço que traficantes e assaltantes utilizam para digladiar com desafetos no bairro Restinga.

Na interpretação do delegado Nedel, o fenômeno ainda é pouco difundido em regiões periféricas da Capital.

- Não conheço bem os grupos da Restinga, mas parece que são diferentes - afirma a magistrada Vera Lúcia Deboni, da Justiça Instantânea.

Estudiosa da ação dos bondes na cidade, Vera faz uma provocação:

- A rede global, que é positiva, passa também a possibilitar o acesso àquilo que há de pior na internet. A grande pergunta é: nós, operadores do direto, rede de proteção, sociedade civil, o que podemos fazer para minimizar os efeitos perversos da rede?


Zero Hora, 13/04/2008.

Um comentário:

Anônimo disse...

"O mundo é lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas SIM porcausa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."
Albert Einstein

Tenho a felicidade de pela União de minha Família ter resgatado minha filha adolescente do convívio e da LAVAGEM CEREBRAL realizada pelos grupos de bondes virtuais e reais. Constumam se reunir em Shoppings e combinar assaltos, roubos de celulares, venda de ingressos para bailes funks, dentre outros.As meninas adolescentes que pertencem a uma classe média contribuem com suas mesadas, e tudo mais que se possa imaginar sustentando os namorados gigôlos.Existem inúmeros filmes no you tube onde exibem suas façanhas de pichação, roubos, brigas em bailes funks e desfilam uma lista com os integrantes dos grupos acompanhados de seus filhos menores ( bebês) que estão nos filmes com a denominação de membros da família (ou grupo/bond ou gangue). A maioria dos pais após o advento do celular não imagina onde andam seus filhos e nem na companhia de quem, mas é facíl ingressar nos sites de relacionamento e descobrir esta escola de crimes que também está a disposição das autoridades e do Ministério Público.

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