sábado, 5 de abril de 2008

PCC comandava quadrilha de dentro de penitenciária em Maringá

Vinte e seis integrantes de uma megaquadrilha foram presos no Paraná e no interior de São Paulo na manhã desta sexta-feira (4). O grupo era comandado por paranaenses integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), quatro cabeças da quadrilha coordenavam a ação do grupo de dentro da carceragem da Penitenciária Estadual de Maringá, no Noroeste do estado.

A “Operação Rubi” foi realizada nas cidades de Maringá, Marialva e Sarandi, no Noroeste, e em Londrina, no Norte. A polícia prendeu 22 pessoas no estado e tinha mandado de prisão para outros quatro apontados como chefes da organização. Eles, porém, já estão detidos em Maringá. A operação ocorreu simultaneamente em quatro cidades do interior de São Paulo: Santos, Praia Grande, Campinas e Teodoro Sampaio. Uma pessoa foi presa em cada uma das cidades.

Os quatro responsáveis por comandar as ações criminosas são Paulo Cezar Alves, o “Neguinho do Brás”, apontado pela polícia como chefe do grupo; Carlos Roberto Silvestre Queiroz, 29 anos, o “Carlinhos do Gás”; Jonatan Fernando Rodrigues, 23, o Jone; e Renato Willian Fidêncio, 31, o Renatinho. O delegado Sérgio Inácio Sirino, coordenador do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos e do Núcleo de Repressão ao Tráfico de Drogas, disse que a ordens da quadrilha eram repassadas durante as visitas. “Mulheres que iam visitar esses presos saíam com as ordens para recrutar criminosos e explicar os crimes que eles deveriam cometer”, disse o delegado pela assessoria de imprensa.

As investigações começaram há seis meses, depois de um pedido da Delegacia de Marialva. De acordo com a Sesp, a quadrilha mantinha uma casa na cidade como ponto de encontro dos bandidos. No local, os criminosos que vinham de diversas regiões se hospedavam para cometer os crimes. Outra casa era mantida em Maringá para fazer a ligação entre os chefes que estavam no presídio e os bandidos contratados para as ações. Nas cidades de São Paulo foram presos os colaboradores da quadrilha que forneciam armas, drogas e munições para a organização.

Os presos são acusados de homicídios, roubos, tráfico de drogas, receptação de produtos roubados, estelionato e adulteração de veículos. A operação contou com a participação de 170 policiais do Nurce (Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos), da Dinarc (Divisão de Narcóticos), do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), da divisão policial do interior e de policiais militares da região.

Foram usadas 60 viaturas na operação. Os presos foram levados para a cadeia pública de Maringá, que está interditada desde a semana passada por superlotação. Segundo informações da Sesp, os detidos estão em uma área de triagem da cadeia e serão transferidos para Curitiba e para outras regiões.


Fonte: Gazeta do Povo, 05/04/2008.

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