domingo, 20 de abril de 2008

O Profeta e a Justiça Penal





“Jesus o Filho do Homem”

O homem comete um crime quando seu espírito vaga pelo vento, encontra-se desguardado, pratica um mal com outros e contra si mesmo.

Muitos ainda não são homens, aqueles que cometem crimes e aqueles que não foram responsáveis para evitar. Alguém sempre cai no meio daqueles que não ajudam e não se interessam pelos seus semelhantes. Assim, o ereto e o caído são o mesmo homem.

Não se separam os justos dos injustos e os bons dos maus. Pois estão juntos frente ao Sol (à luz Divina), como o fio preto não se separa do branco, e quando um se parte, o tecelão deve examinar o tear para consertar.

O ofensor deve olhar para o espírito do ofendido e vice-versa. As raízes do bom e do mau são como as das árvores, estão sempre entrelaçadas.

Como julgar: o honesto na carne, mas ladrão em espírito ?

Como julgar: o que mata em carne mas é morte em espírito ?

Como punir aquele cujo remorso é maior que seus crimes ?

Como pode entender a Justiça, aquele que não vê a Luz na sua totalidade ?

As verdadeiras Leis, não são castelos de areia, que se constrói rapidamente e o mar destrói, fazendo as crianças rirem.

Os que dão as costas para o Sol, vêem apenas suas sombras, e suas sombras são suas Leis, sua moral e sua ética.

E a liberdade, ela não se perde com amarras, grilhões ou algemas, e sim com o peso da consciência.

Por Cândido Furtado Maia Neto, professor universitário. Pós-doutor em Direito. Mestre em Ciências Penais e Criminológicas. Expert em Direitos Humanos. Promotor de Justiça de Foz do Iguaçu-PR. Neto de Naby Mansur Gebran Paraná (naturalizado brasileiro), ex-chefe de Polícia e delegado do Estado do Paraná, primo-irmão de Gibran Khalil Gebran.


Estado do Paraná, Caderno Direito e Justiça, 20/04/2008.

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