Os pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos tiveram que dar uma guinada nas suas campanhas desde o ano passado.
Por muito tempo, o tema que os eleitores apontavam como o mais importante para eles era a questão da guerra do Iraque.
Mas com o início da atual crise econômica, que analistas acreditam que pode levar os Estados Unidos a uma recessão, as campanhas tiveram que mudar de foco.
O eleitorado latino já havia deixado clara essa necessidade: uma pesquisa feita em novembro pelo Centro Hispânico Pew, um instituto de pesquisas americano, indica que o que mais preocupava os hispânicos com direito a voto era em primeiro lugar, a economia, em segundo, a guerra.
Uma das cidades em que a crise já ganha dimensões preocupantes é Detroit, onde fica a sede da GM, a maior montadora do mundo em termos de vendas.
O mercado doméstico americano para as montadoras já vinha piorando nos últimos anos.
O gasto com carros dos americanos, proporcionalmente ao PIB, vem caindo desde 1999.
Em 2007, a GM amargou um prejuízo de US$ 38,7 bilhões e foi obrigada a lançar um plano de demissões voluntárias.
A desaceleração generalizada da economia do país não oferece qualquer tipo de conforto à vista.
O problema se estende para todo o Estado de Michigan, onde ficam as sedes de outras duas montadoras de peso, Chrysler e Ford.
Sean McAlinden, economista-chefe e vice-presidente de pesquisas no Centro de Pesquisas Automotivas em Detroit, disse que o Estado sofreu "a mais alta taxa de desemprego nos Estados Unidos nos últimos quatro anos".
Detroit é uma cidade em que a atuação de gangues de negros e latinos já é uma realidade há anos, e o temor é que o desemprego, resultado da economia em desaceleração, dê novo impulso a esses grupos.
Fonte: BBC Brasil, 11/04/2008.
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