No Maranhão, um projeto de reintegração dos presos está ajudando a diminuir a superlotação nos presídios e também reduziu o número de ex-detentos que voltam ao crime.
Hoje ela está do lado da lei. Presa por tráfico de drogas cinco anos atrás, a atendente da Ouvidoria da Mulher Cilene Ferreira da Silva agora trabalha ouvindo e orientando vítimas da violência doméstica. Fez curso para isso e ainda foi indicada para um emprego na Secretaria da Mulher. A liberdade veio bem antes de cumprir os dez anos de prisão determinados pela Justiça.
“Voltar à sociedade é fundamental, principalmente com dignidade", reflete Cilene.
O que abriu as portas do mundo de fora para a Cilene, com oportunidades de trabalho e estudo, foi um projeto que também já fez diferença na vida de outros ex-presidiários no Maranhão.
Condenados pela Justiça que tiveram a chance de ganhar a liberdade antecipada e recomeçar. Para isso, têm recebido ajuda para driblar uma das etapas mais difíceis desse retorno ao convívio social: o preconceito.
"É uma oportunidade de você reconquistar tudo aquilo que você perdeu. Já cresci no mínimo dois degraus na empresa em oito meses", diz um ex-presidiário.
Uma vez por semana, eles são acompanhados por um psicólogo e um assistente social.
O juiz Jamil Aguiar, que teve essa ideia, diz que passou a ter menos dor de cabeça com os presos, já que o índice de reincidência de crimes entre os que participam do programa é de 3%, bem abaixo dos 70% da média nacional.
"Eu tenho certeza absoluta de que esse programa, além de proporcionar e resgatar a dignidade de pessoas e de famílias, além de gerar economia, com certeza absoluta pode contribuir decisivamente para o desafogamento do sistema penitenciário no Brasil", diz.
Fonte: G1
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