sexta-feira, 26 de junho de 2009

Homem passa dois dias na cadeia em MG por crime que não cometeu

Osmar Martins foi preso por crime cometido em 1988 por homônimo.
Polícia Civil diz que erro é de responsabilidade da Justiça

Um homem foi solto na quarta-feira (24), depois de passar dois dias preso por um crime que não cometeu, em Campestre (MG). O erro aconteceu porque ele tem o mesmo nome de um homem do Paraná, acusado de latrocínio em Patos de Minas (MG). O verdadeiro suspeito não pode mais responder pelo crime, cometido há mais de 20 anos.


Depois de 48 horas na cadeia, Osmar Ferreira Martins, de 43 anos deixou o local aliviado. “É triste demais pagar por uma coisa que nunca fiz na vida”. Martins foi preso depois de ir à delegacia registrar um boletim de ocorrência por ter perdido a carteira de trabalho.

Os policiais verificaram que havia um mandado de prisão contra ele. Ao voltar para o trabalho, em uma distribuidora de bebidas, Martins foi surpreendido pela notícia. “Isso assustou todos aqui. Estávamos trabalhando, de repente encostou um carro de polícia, chamou Osmar pelo nome e disse que tinham um mandado de prisão”, disse Washington Gonçalves, dono da distribuidora.


O mandado foi expedido por um juiz de Patos de Minas. Os dados do documento são os mesmos de Martins, inclusive o CPF, RG, nomes do pai e da mãe. Por isso, ele foi levado para a cadeia.


Apesar das informações coincidirem, o morador de Campestre não deveria ter sido preso. O procurado pela polícia foi condenado por latrocínio – roubo seguido de morte – na cidade de Patos de Minas, em 1988.


Para o advogado José Ricardo de Souza, a falha foi da Polícia Civil e da Justiça. Depois de dois dias longe, Osmar Martins reencontrou a família.


De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o erro no mandado de prisão é de responsabilidade de quem expediu o documento, ou seja, a Justiça. A Vara de Execuções Penais, em Patos de Minas, informou que não vai se manifestar sobre o assunto. O juiz Joamar Gomes Vieira Nunes disse que concedeu o alvará de soltura para Osmar porque o crime já prescreveu.



Fonte: G1 - Globo.com

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