Osmar Martins foi preso por crime cometido em 1988 por homônimo.
Polícia Civil diz que erro é de responsabilidade da Justiça
Um homem foi solto na quarta-feira (24), depois de passar dois dias preso por um crime que não cometeu, em Campestre (MG). O erro aconteceu porque ele tem o mesmo nome de um homem do Paraná, acusado de latrocínio em Patos de Minas (MG). O verdadeiro suspeito não pode mais responder pelo crime, cometido há mais de 20 anos.
Depois de 48 horas na cadeia, Osmar Ferreira Martins, de 43 anos deixou o local aliviado. “É triste demais pagar por uma coisa que nunca fiz na vida”. Martins foi preso depois de ir à delegacia registrar um boletim de ocorrência por ter perdido a carteira de trabalho.
Os policiais verificaram que havia um mandado de prisão contra ele. Ao voltar para o trabalho, em uma distribuidora de bebidas, Martins foi surpreendido pela notícia. “Isso assustou todos aqui. Estávamos trabalhando, de repente encostou um carro de polícia, chamou Osmar pelo nome e disse que tinham um mandado de prisão”, disse Washington Gonçalves, dono da distribuidora.
O mandado foi expedido por um juiz de Patos de Minas. Os dados do documento são os mesmos de Martins, inclusive o CPF, RG, nomes do pai e da mãe. Por isso, ele foi levado para a cadeia.
Apesar das informações coincidirem, o morador de Campestre não deveria ter sido preso. O procurado pela polícia foi condenado por latrocínio – roubo seguido de morte – na cidade de Patos de Minas, em 1988.
Para o advogado José Ricardo de Souza, a falha foi da Polícia Civil e da Justiça. Depois de dois dias longe, Osmar Martins reencontrou a família.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o erro no mandado de prisão é de responsabilidade de quem expediu o documento, ou seja, a Justiça. A Vara de Execuções Penais, em Patos de Minas, informou que não vai se manifestar sobre o assunto. O juiz Joamar Gomes Vieira Nunes disse que concedeu o alvará de soltura para Osmar porque o crime já prescreveu.
Fonte: G1 - Globo.com
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