segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SP estabelece metas de redução de criminalidade para premiar policiais

Proposta prevê bônus de até R$ 2 mil no primeiro trimestre, se o número de roubos e furtos não aumentarem e se taxas de homicídios e latrocínios caírem 7%.


SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 20, que vai pagar bônus de até R$ 2 mil aos policiais se os números de roubos e de furto e roubo de veículos não aumentarem e o de homicídios dolosos e latrocínios (roubos seguidos de morte) caírem 7% no primeiro trimestre deste ano. A bonificação faz parte do plano de metas para reduzir os três principais índices de criminalidade do Estado, que ainda precisa ser aprovado na Assembleia Legislativa.

"Queremos buscar a redução dos principais indicadores de criminalidade e premiar os policiais que vão além do cumprimento do seu trabalho. São crimes que tiram vida e abalam demais a sensação de segurança", disse o secretário estadual da Segurança, Fernando Grella Vieira. As metas serão avaliadas a definidas a cada trimestre.
Segundo ele, a meta é que os roubos entre janeiro e março não passem de 57.384 ocorrências, mesmo índice do primeiro trimestre de 2013. Já o número de roubos e furtos de veículos não devem passar de 50.710, igual a estatística do mesmo período do ano passado, e as mortes violentas (homicídio doloso e latrocínio) devem ter teto de 1.277, o que representa redução de 7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
As metas foram apresentadas em evento na manhã desta segunda feira para 2.200 policiais que ocupam postos de comando. Por ano, um policial militar, que recebe R$ 3 mil em média, pode ganhar bônus de até R$ 8 mil. "Se todas as metas forem cumpridas, vamos pagar R$ 700 milhões em bonificação", disse Alckmin. "Quem vai ganhar com isso é a sociedade", completou o governador.
Só no terceiro trimestre de 2013, os roubos subiram 13,5% na comparação com o mesmo período em 2012, de 57.226 ocorrências para 64.990. Já os roubos e furtos de veículos saltaram 14,9%, de 48.248 casos entre julho e setembro de 2012 para 55.445 em igual período do ano passado. Os estatísticas do último trimestre de 2013 ainda não foram divulgadas.
O governo Geraldo Alckmin informou que vai aprimorar o controle e a transparência das estatísticas de criminalidade para evitar que policiais manipulem os números de ocorrências para conseguirem atingir as metas. "Estamos promovendo a automatização do controle de dados para que haja uma participação pessoal mínima e com isso limitar a ocorrência de erros", disse Grella Vieira. "Se o policial deixar de registrar ele incorrerá em infração disciplinar, será investigado e pode ser punido", completou. 

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