Nas últimas semanas, têm provocado grande polêmica as declarações de britânicos de que seria requerida a prisão do Papa Bento XI quando da sua visita ao Reino Unido, prevista para setembro deste ano.
Os autores, Dawkins e Hitchens, afirmam que o Papa teria responsabilidade sobre diversos crimes de pedofilia cometidos por eclesiásticos da Igreja Católica na Grã-Bretanha e que este teria sido omisso nas suas atribuições por supostamente acobertar crimes de pedofilia cometidos por clérigos, antes de se tornar sumo pontífice.
Dawkins, biólogo de formação, é um conhecido autor de livros que questionam a validade e a veracidade das religiões. Seu trabalho mais conhecido, “Deus, uma ilusão”, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e virou um best-seller publicado em mais de 30 países e Hitchens, filósofo e cientista político pela Universidade de Oxford, é colunista de diversas publicações, como Vanity Fair, Harper's e Granta.
Pelas regras de direito internacional, o Papa, enquanto Chefe de Estado, não poderia ser preso quando estivesse em território britânico. Entretanto, os autores do polêmico pedido sustentam que, uma vez que o Vaticano não é reconhecido como Estado pela Organização das Nações Unidas, o Papa não gozaria de imunidade conferida aos demais chefes de Estados reconhecidos pela entidade.
O Vaticano, por sua vez, ironizou tal possibilidade e atribuiu tais afirmações como oportunistas e desejosas de chamar atenção. Nesse sentido, afirma que não faria sentido prender o sumo pontífice quando este seria, na verdade, um convidado a estar no Reino Unido.
O Papa afirmou que pretende continuar com os planos de se reunir com vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja.
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