Uma série de ataques à crianças em escolas e creches vem ocorrendo na China. O primeiro, em que 8 crianças morreram, aconteceu em 23 de março na província de Fujian. Em 12 de abril um homem matou 2 crianças na saída de um colégio. Já em 28 de abril um homem esfaqueou 15 crianças e, apenas dois dias depois, um fazendeiro atacou crianças de uma pré-escola com um martelo, também ateou fogo nas vítimas e em si mesmo. O homem morreu e as crianças foram salvas pelos professores, mas tiveram alguns ferimentos.
Fonte: Revista Veja
Desse modo, na China, entre março e abril cerca de 90 pessoas foram vitimadas por este tipo de crime, sendo que dessas, 17 morreram. Esse tipo de ataques a escolas remonta ao caso dos atiradores de Columbine e do Instituto Tecnológico de Virgínia. No entanto, nos episódios americanos os agressores usavam armas de fogo, enquanto repetem o comportamento, mas se valem de facas e martelos.
Os crimes são bastante semelhantes, e revelam um grande problema, pois todos os criminosos citados possuem algum tipo de distúrbio psiquiátrico, destarte, é devida a reflexão acerca dos doentes mentais na China. O sistema de saúde no país tornou-se pago na década de 1980, e, por isso, muitas pessoas mais pobres não conseguem ter acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos.
Segundo estudos recentes, grande parte desses enfermos não recebe tratamento adequado, muitos, aliás, são trancados por suas famílias devido à falta de recursos. Outras pesquisas ainda revelam que o aumento dos distúrbios mentais está conectado à evolução rápida, que leva a transição de uma economia controlada pelo Estado ao capitalismo, e, por conseguinte, na diminuição das ajudas sociais. Yu Jianrong, da Academia Chinesa de Ciências Sócias afirma que "Os agressores não vêem oportunidades em uma sociedade polarizada, é um problema muito grave". Ademais, podemos apontar como fatores relevantes a grande pressão do governo e a política de apenas um filho por casal.
Para melhorar a segurança das escolas, algumas medidas foram tomadas, como o envio de policiais e guardas. Além disso, os professores receberam aulas sobre noções básicas de segurança e houve a contratação de mais funcionários nas escolas, para acompanhar as crianças no trajeto de volta para casa. Mas será que tais medidas resolvem a problemática ou são paliativos?
Policiais fazem a segurança das crianças em Pequim
Fonte: AFP
IBCCRIM.
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