Em fórum, FHC (Brasil) e Gaviria (Colômbia) defendem modelo europeu.
Segundo eles, questão deve ser tratada como problema de saúde pública.
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e César Gaviria Trujillo, da Colômbia, criticaram, nesta quarta-feira (15), a política de repressão ao narcotráfico dos Estados Unidos durante o painel “Drogas e Democracia”, da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, no Rio.
Segundo eles, o governo americano mantém cerca de 1 milhão de pessoas na prisão e, mesmo assim, não consegue conter o fluxo de entorpecentes. Ambos defendem o modelo europeu, que trata o usuário de drogas como “uma questão de saúde pública”.
“Estamos propondo uma mudança de paradigma, da pura repressão para a diminuição dos danos causados pelo uso das drogas”, disse Fernando Henrique, citando também o México e o Brasil, onde, para ele, existe “uma verdadeira batalha campal” para combater o tráfico.
Ele ressaltou que a proposta não defende a legalização, “mas uma estratégia um pouco mais sofisticada, que não seja só repressiva”.
“A violência sozinha não resolve. Exige uma concentração de esforços para reduzir o consumo”, disse, lembrando campanhas educativas de vacinação e de alerta de contaminação pelo HIV que “deram certo e o prognóstico de expansão não aconteceu” .
César Gaviria citou a situação atual do México, que hoje possui cartéis do narcotráfico tão fortes como os que foram desmantelados na Colômbia (Medellín e Cáli) pelos “esforços de segurança”.
“O país (México) está sofrendo. Vai demorar muito antes que as tropas mexicanas tenham os recursos para treinamento e trabalhos de contra-inteligência. Talvez precisem de quatro ou cinco anos para melhorar a qualidade da segurança, como ocorreu na Colômbia. Mas, será que isso vai adiantar para reduzir o fluxo de drogas? Os cartéis usam coiotes para introduzir pessoas nos Estados Unidos. Colocam pessoas nas ruas, sem cobrar nada, simplesmente dando as drogas. Não há como impedir o fluxo de drogas”, disse.
De acordo com o ex-presidente da Colômbia, os Estados Unidos gastam cerca de US$ 40 bilhões em política de combate ao narcotráfico.
Segundo eles, questão deve ser tratada como problema de saúde pública.
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e César Gaviria Trujillo, da Colômbia, criticaram, nesta quarta-feira (15), a política de repressão ao narcotráfico dos Estados Unidos durante o painel “Drogas e Democracia”, da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, no Rio.
Segundo eles, o governo americano mantém cerca de 1 milhão de pessoas na prisão e, mesmo assim, não consegue conter o fluxo de entorpecentes. Ambos defendem o modelo europeu, que trata o usuário de drogas como “uma questão de saúde pública”.
“Estamos propondo uma mudança de paradigma, da pura repressão para a diminuição dos danos causados pelo uso das drogas”, disse Fernando Henrique, citando também o México e o Brasil, onde, para ele, existe “uma verdadeira batalha campal” para combater o tráfico.
Ele ressaltou que a proposta não defende a legalização, “mas uma estratégia um pouco mais sofisticada, que não seja só repressiva”.
“A violência sozinha não resolve. Exige uma concentração de esforços para reduzir o consumo”, disse, lembrando campanhas educativas de vacinação e de alerta de contaminação pelo HIV que “deram certo e o prognóstico de expansão não aconteceu” .
César Gaviria citou a situação atual do México, que hoje possui cartéis do narcotráfico tão fortes como os que foram desmantelados na Colômbia (Medellín e Cáli) pelos “esforços de segurança”.
“O país (México) está sofrendo. Vai demorar muito antes que as tropas mexicanas tenham os recursos para treinamento e trabalhos de contra-inteligência. Talvez precisem de quatro ou cinco anos para melhorar a qualidade da segurança, como ocorreu na Colômbia. Mas, será que isso vai adiantar para reduzir o fluxo de drogas? Os cartéis usam coiotes para introduzir pessoas nos Estados Unidos. Colocam pessoas nas ruas, sem cobrar nada, simplesmente dando as drogas. Não há como impedir o fluxo de drogas”, disse.
De acordo com o ex-presidente da Colômbia, os Estados Unidos gastam cerca de US$ 40 bilhões em política de combate ao narcotráfico.
“Mas os resultados são pífios. E não há nada de novo. Por que não tentar a experiência européia? Não basta criminalizar ou penalizar, temos que tratar as pessoas, tirá-las do crime organizado. É isso o que os europeus estão fazendo. Estão lidando com um problema de saúde”, acrescentou.
G1.
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