** Apesar do número de mulheres presas ter crescido duas vezes mais do que o de homens entre o ano de 2000 e o primeiro semestre de 2011 (o número de presas aumentou 252% em pouco mais de dez anos), os dados do Depen(Departamento Penitenciário Nacional) demonstraram que os homens se mantêm como maioria no número de detentos do país.
Em junho do ano passado, data do último levantamento no número de presos realizado, os homens representaram 92,6% de toda a população carcerária nacional (índice que em 2000 era de 95,7% do total).
Sinal de que a criminalidade e, por consequência, a penalidade atingem os homens com mais frequência do que as mulheres.
Assim, muito provavelmente em razão de sua maior vulnerabilidade e disposição para o embate, os homens ainda representam a maioria da população assassinada, agredida e encarcerada no Brasil. Fato que deve ser apreciado quando da elaboração de políticas criminais preventivas e quando da aplicação de penas, sejam elas ou não alternativas.
** Colaborou Mariana Cury Bunduky, advogada e pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes.
Luiz Flávio Gomes é jurista e cientista criminal. Fundador da Rede de Ensino LFG, diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), juiz (1983 a 1998) e advogado (1999 a 2001). Acompanhe meu
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Revista Consultor Jurídico, 16 de fevereiro de 2012
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