O relatório sobre o presídio de Alcaçuz, no Rio
Grande do Norte, apontou 17 problemas:terreno inadequado, pavilhões
deteriorados, erros estruturais, ausência de espaço apropriado para
recebimento de visitas, deficiência de iluminação, ocupação das
guaritas, insuficiência de agentes penitenciários, falta de segurança,
problemas de gestão, controle de vagas, falta de controle sobre a
identificação dos presos, falta de controle sobre vagas, equipe técnica,
ausência de equipamentos de comunicação, falta de equipamentos de
vigilância, alimentação, assistência médica e odontológica e viaturas.
A
vistoria foi feita pelo juiz Henrique Baltazar Vilar dos Santos, da
comarca de Nísia Floresta. De todos os 17 problemas, o juiz entrou em
detalhes específicos. Sobre o terreno, por exemplo, falou que o presídio
foi construído sobre uma duna, numa região irregular. Isso facilita a
escavação de túneis fáceis de se destrurir – e difíceis de se encontrar.
Outro
fator que facilita a fuga de internos é a má iluminação dos arredores
externos do presídio. Recentemente foram instalados refletores nas
guaritas, que podem olhar para dentro do presídio, mas ainda não existe
iluminação interna nos pavilhões. Também faltam servidores, e em alguns
momentos a prisão fica sem vigilância interna, pois os agentes,
sozinhos, não poderiam garantir a própria segurança.
Apesar de
detectados os problemas, o juiz não se mostra otimista. Defende que o
Poder Executivo estadual tome providências imediatas, “sob pena de [os
problemas] se tornarem insolúveis e resultarem em prejuízos materiais e
imateriais de vulto, inclusive com mortes de presos ou de servidores
públicos”.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário