sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

"Herdei o pior sistema prisional do País", diz o governador do Paraná, Beto Richa


Em entrevista à imprensa e em discurso no palanque, ontem, durante lançamento de um conjunto habitacional em Doutor Camargo – região metropolitana de Maringá –, o governador Beto Richa (PSDB) admitiu que o Paraná vive um momento dos mais delicados na segurança pública. Um problema que Richa, segundo ele próprio, herdou do antecessor, o senador Roberto Requião (PMDB).
Na avaliação do governador, o sistema de segurança do Paraná é um dos piores do Brasil. "Dos 27 Estados brasileiros, peguei o pior número per capita de policiais e delegacias superlotadas", reclamou Richa, que disse ter "perdido" o primeiro ano de mandato para sanar problemas deixados pelo governo anterior.
A superlotação no sistema prisional, em especial a cadeia de Sarandi (leia mais na pág. 6), foi um dos temas mais abordados por Richa na passagem pela região. A solução de impasses como este viria de sucessivos investimentos em segurança. "Depois que São Paulo e Rio de Janeiro intensificaram o combate ao crime, muitos bandidos vieram para o Paraná", comentou, "mas vamos mostrar que aqui não tem vez para esses criminosos."

Um pacote inicial de R$ 160 milhões do governo federal, mais contrapartida do Estado, será investido na ampliação de vagas nas penitenciárias e na construção de novas unidades. "Temos um projeto para todo o Estado, e com os investimentos nesse setor, com certeza a situação das delegacias superlotadas do Paraná está com os dias contados."

O governador prometeu ampliar as forças policiais. Recentemente, 3 mil homens foram contratados. Richa falou em igual número de viaturas, completas, para intensificar o combate ao tráfico de drogas. "Declaramos guerra contra o tráfico", disse. "Vamos criar módulos policiais e investir em 3 mil viaturas com tecnologia embarcada.
O Diário do Norte do Paraná. 10/02/2012

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