domingo, 27 de abril de 2008

Família acredita que padre continua vivo

Trabalho de busca pelo religioso, que sumiu ao tentar fazer um vôo com balões, está sendo feito por bombeiros voluntários.

A família do padre Adelir de Carli, que está desaparecido desde domingo (20), mantém a esperança de encontrá-lo vivo, apesar de as buscas já terem sido encerradas pela Aeronáutica e o Corpo de Bombeiros. Na tarde deste sábado, a Marinha também encerrou a busca.

O religioso partiu de Paranaguá, no domingo, suspenso por balões de gás hélio em direção a Dourados (MS), mas sumiu no litoral norte de Santa Catarina.

Os parentes do padre de Paranaguá, que moram em Ampére, Sudoeste do Paraná, disseram neste sábado (26), ao telejornal Paraná TV, que acreditam que o padre esteja perdido na mata. “Apareceu a última penca de balões, que eram aquelas que estavam próximas à cadeirinha. Ele cortou as cordinhas e está no mato”, diz a prima Ivonete de Carli, que acompanhou a decolagem do padre, em Paranaguá. Outra prima do religioso, Elizabete de Carli, confia no preparado dele para a viagem. “Ele procurou muito conhecimento e estava preparado. Isso é o que nos dá a esperança de que ele continua vivo.” Aurélio de Carli, pai do padre, agradeceu as orações da população, “Que força este pessoal está fazendo, estamos muito contentes. Eu agradeço”, disse ao Paraná TV.

De Carli decolou de Paranaguá, no litoral do Paraná, no início da tarde de domingo, levado por mil balões de gás coloridos. Ele pretendia voar para o Oeste do Paraná, mas o vento forte levou o padre até o mar de Santa Catarina. O último contato do religioso, por celular, foi feito por volta das 21h do mesmo dia.

O período de sobrevivência de uma pessoa em alto-mar é indeterminado, pois depende das condições físicas e psicológicas do náufrago, bem como das condições meteorológicas, segundo a oficial de comunicação social do Comando do 5º Distrito Naval, Catia Sandri. As condições climáticas no local, de acordo com a Marinha, são favoráveis, com boa visibilidade, e temperatura da água em torno de 22°C.

Como parâmetro eficaz nas buscas em situações similares, no entanto, a Marinha utiliza o prazo de 72 horas. Com o dia de sábado, os trabalhos de resgate ao religioso completarão mais de 140 horas em operação ininterrupta. O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, em casos de desaparecimento, prossegue com buscas durante sete dias.

A procura pelo padre agora é feita pelos Bombeiros Voluntários de Penha, no litoral norte catarinense. Estão sendo realizadas com dois jet ski e duas lanchas. Também havia a expectativa de que um helicóptero particular auxiliasse na operação de resgate na tarde deste sábado.


Gazeta do Povo, 27/04/2008.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog