O professor de direito e processo penal Demetrius Abiorana dá uma lição importante para os alunos do cursinho: é preciso dar atenção a todas as etapas de um concurso, incluindo o teste de aptidão física. Palavra de quem sabe - e não só de professor. Em 2002, Demetrius fez a seleção para delegado da Polícia Federal e conseguiu o que imaginava mais difícil. Foi aprovado na prova escrita. Mas, como não se preocupou com a etapa física, se saiu mal no teste de corrida.
- Acabei caindo, não consegui completar o percurso - lembra.
Demetrius percebeu que a rotina tão intensa de estudos prejudicou o seu preparo físico, começou a correr e a fazer musculação. Foi aprovado para o cargo de delegado, mas optou pela carreira de procurador federal.
- A desclassificação, de certa forma, foi também um incentivo para eu me aplicar mais - afirma.
Segundo Paulo Henrique Azevedo, coordenador das provas de capacidade física dos concursos do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) e professor da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, a maioria das pessoas chega ao exame prático sem ter dado a devida importância, com o mínimo de preparo. A etapa física é obstáculo certo para quem tenta uma vaga nas polícias (Federal, Civil e Militar) ou no Corpo de Bombeiros, por exemplo. É aplicada inclusive nos concursos para cargos administrativos.
- O candidato não deve esperar sair a aprovação nas provas escritas para pensar em seu preparo. O certo é ter pelo menos três meses de condicionamento para o teste de aptidão física - aconselha André Ricardo de Souza, personal trainer.
Ele prefere dar seus treinamentos no Parque da Cidade, em Brasília, longe das academias, e incentiva os alunos a praticarem esportes que lhes interessem:
- Isso é importante, inclusive para momentos de bem-estar, quebrando a rotina de estudos, o que evita o estresse na hora da prova escrita.
Zero Hora, 27/04/2008.
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