Manifestante segura cartaz contra a execução de Troy Davis
Depois de aguardar por cerca de 20 anos no “corredor da morte”, o americano Troy Anthony Davis foi executado por injeção letal na noite de 21 de setembro. Davis foi condenado, em 199,1 pelo homicídio do policial Mark MacPhail, em Savannah, no Estado da Georgia.
Desde 2007, a execução vinha sendo postergada. O caso atraiu a atenção por conta de seu teor racial e por possíveis ilegalidades no processo, como a ausência de provas físicas, como amostras de DNA ou impressões digitais. A sentença foi dada com base em depoimentos de testemunhas, muitas das quais retrataram ou modificaram as declarações nos anos seguintes, alegando coerção e intimidação por parte da polícia. Com isso, surgiram dúvidas quanto à culpabilidade de Davis, que sempre afirmou ser inocente.
Na última semana, figuras públicas, como o Papa bento XVI e o ex-presidente Jimmy Carter, além da Anistia Internacional e de diversos grupos de defesa dos Direitos Humanos, se mostraram a favor da não execução do americano. Nas proximidades da prisão de Jackson, cidade a 77 km de Atlanta, onde Davis foi executado, centenas de manifestantes se concentraram para pedir clemência. Na semana que antecedeu a data da execução, outras 300 manifestações foram convocadas em diversos países para protestar contra a pena de morte, especialmente em virtude deste caso.
A execução estava marcada para 19 horas, mas foi adiada por um pedido da defesa de Davis à Suprema Corte dos Estados Unidos, que, após quatro horas de deliberação, se recusou a intervir no caso. O condenado foi declarado morto às 23h08, no horário local – 01h08 de quinta-feira, no horário de Brasília.
IBCCRIM. (Érica Akie Hashimoto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário