Por Neemias Moretti Prudente *
O bullying surge para designar um antigo fenômeno já conhecido, principalmente no ambiente escolar. Uma considerável parcela deste fenômeno tem ocorrido também em outros ambientes, tais como locais de trabalho, de lazer, entre vizinhos, famílias, por meio da internet (cyberbullying), telefone celular (mobile bullying), mas, infelizmente, é no ambiente escolar onde a prática está mais presente.
O bullying escolar pode ser entendido como as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação, praticadas por um ou mais aluno contra outro aluno da escola incapaz de se defender. Entre as atitudes agressivas mais comuns estão as agressões físicas, verbais e até sexuais, maus-tratos, humilhações, exclusão, intimidação, dominação, discriminação, extorsão, perseguições, ameaças, danificação de materiais etc.
Geralmente, a vítima de bullying é escolhida conforme características físicas, psicológicas ou de comportamento diferenciado. O alvo da agressão costuma ser quem o grupo considera diferente. Estas atitudes agressivas trazem vários danos às vítimas, entre elas, a baixa autoestima, dificuldade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, ansiedade, estresse, fobia escolar, tristeza, medo, dores não-especificadas, depressão, abuso de drogas e álcool, podendo chegar ao suicídio e a atos de violência extrema contra a escola.
No Brasil, segundo pesquisa realizada pela ONG Plan em 2008, os resultados mostram que 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis Estados afirmaram ter sido vítimas de violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolas como violentas. Ainda segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes do País afirmou estar envolvido nesse tipo de atitude, seja como agressor ou como vítima.
Já numa pesquisa publicada neste ano, feita pela Faculdade de Economia e Administração da USP (a pedido do MEC) – em 501 escolas com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede publica de todos os Estados do País – pelo menos 10% dos alunos relataram ter conhecimento de situações em que alunos, professores ou funcionários foram vítimas do bullying. A maior parte (19%) foi motivada pelo fato de o aluno ser negro. Em segundo lugar (18,2%) aparecem os pobres e depois os homossexuais (17,4%). No caso dos professores, o bullying é mais associado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior fator para ser vítima de algum tipo de violência – verbal ou física – é a pobreza (7,9%). A deficiência, principalmente mental, também é outro motivo para ser vítima.
Dados preliminares de pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelam que 20% dos jovens em idade escolar sofrem com o clima de agressividade onde estudam – e o temor é reforçado durante o intervalo das aulas: “o recreio é horário de pânico”.
É lamentável e preocupante verificar que isso ocorre. Mas o aumento de visibilidade, da sua gravidade e abrangência nos permite identificar o fenômeno como causador de danos e merecedor de medidas para sua prevenção e enfrentamento.
A melhor forma de lidar com este fenômeno é debater e envolver toda a comunidade escolar, inclusive fortalecer a relação entre a família e a escola. Tudo isso serve como alerta para que possamos refletir e agir para modificar esse cenário: “Diga não ao bullying!”
O bullying escolar pode ser entendido como as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação, praticadas por um ou mais aluno contra outro aluno da escola incapaz de se defender. Entre as atitudes agressivas mais comuns estão as agressões físicas, verbais e até sexuais, maus-tratos, humilhações, exclusão, intimidação, dominação, discriminação, extorsão, perseguições, ameaças, danificação de materiais etc.
Geralmente, a vítima de bullying é escolhida conforme características físicas, psicológicas ou de comportamento diferenciado. O alvo da agressão costuma ser quem o grupo considera diferente. Estas atitudes agressivas trazem vários danos às vítimas, entre elas, a baixa autoestima, dificuldade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, ansiedade, estresse, fobia escolar, tristeza, medo, dores não-especificadas, depressão, abuso de drogas e álcool, podendo chegar ao suicídio e a atos de violência extrema contra a escola.
No Brasil, segundo pesquisa realizada pela ONG Plan em 2008, os resultados mostram que 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis Estados afirmaram ter sido vítimas de violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolas como violentas. Ainda segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes do País afirmou estar envolvido nesse tipo de atitude, seja como agressor ou como vítima.
Já numa pesquisa publicada neste ano, feita pela Faculdade de Economia e Administração da USP (a pedido do MEC) – em 501 escolas com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede publica de todos os Estados do País – pelo menos 10% dos alunos relataram ter conhecimento de situações em que alunos, professores ou funcionários foram vítimas do bullying. A maior parte (19%) foi motivada pelo fato de o aluno ser negro. Em segundo lugar (18,2%) aparecem os pobres e depois os homossexuais (17,4%). No caso dos professores, o bullying é mais associado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior fator para ser vítima de algum tipo de violência – verbal ou física – é a pobreza (7,9%). A deficiência, principalmente mental, também é outro motivo para ser vítima.
Dados preliminares de pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelam que 20% dos jovens em idade escolar sofrem com o clima de agressividade onde estudam – e o temor é reforçado durante o intervalo das aulas: “o recreio é horário de pânico”.
É lamentável e preocupante verificar que isso ocorre. Mas o aumento de visibilidade, da sua gravidade e abrangência nos permite identificar o fenômeno como causador de danos e merecedor de medidas para sua prevenção e enfrentamento.
A melhor forma de lidar com este fenômeno é debater e envolver toda a comunidade escolar, inclusive fortalecer a relação entre a família e a escola. Tudo isso serve como alerta para que possamos refletir e agir para modificar esse cenário: “Diga não ao bullying!”
neemias.criminal@gmail.com
*Professor, mestre em direito penal e especialista em direito penal e criminologia
Fonte: Jornal A Notícia, 05/12/2009, p. 9.
Nenhum comentário:
Postar um comentário