Minha mensagem de Natal não é dos ricos que tudo têm, tudo podem, tudo querem, mais e mais. Minha mensagem é dos pobres trabalhadores humildes, explorados, humilhados, já cansados, mas não vencidos. Meu Natal é dos que choram, mas não desistem de lutar para o bem daqueles que não ferem a natureza, nem o meio ambiente. Não poluem, deixam os rios correrem livres ao encontro dos mares. Aí é o meu Natal, um novo mundo. O meu Natal é das mulheres que sentem a dor do parto para trazer ao mundo mais uma vida. Entre dor, choro e sorriso tem sua recompensa e satisfação. Este fato é único e ultrapassa todas as dimensões humanas. Aí é o meu Natal, nos seios que amamentam, no choro e no sorriso de uma criança, nos presentes e nos brinquedos. Onde houver uma criança, aí será o meu Natal. O meu Natal é nas celas dos condenados. Um Natal não de festas, nem de presentes, mas sofrido e penoso, nas lágrimas dos que choram, de cada mãe, pai filho, esposa ou namorado. O meu Natal é simples e humilde. Onde houver a paz, o sorriso de criança, nos presentes, nos brinquedos, aí será o meu Natal. |
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* Texto de um detento da Cadeia Pública de Cataguases MG - Publicado no jornal Recomeço edição 160, dezembro de 2009, elaborado com textos escritos pelos detentos - Veja o jornal em http://www.jornalrecomeco.com/
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