Mais dois líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de envolvimento nos planos de seqüestro e assassinato de coordenadores do sistema prisional de São Paulo foram internados por ordem da Justiça no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). São eles Roberto Soriano, o Beto Tiriça, e Fabiano Alves Souza, o Paca ou Biano. Os dois estavam na Penitenciária de Avaré e foram retirados de lá e enviados para a penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, oeste paulista.
Pelo mesmo motivo foram internados no RDD o segundo homem na hierarquia do PCC, Julio Cesar Guedes de Moraes, o Carambola, e Daniel Vinicius Canônico, o Cego. Os dois foram flagrados, em interceptações feitas com ordem judicial, conversando com o advogado Sérgio Wesley da Cunha. As escutas revelaram a preparação dos ataques, além de planos para compra de equipamentos de escutas para espionar autoridades e o desejo de se infiltrar na política por financiamento de partidos políticos.
Sob acusação de formação de quadrilha,Wesley foi detido em 10 de março. No caso de Beto Tiriça e de Biano, o Tribunal de Justiça resolveu manter os dois no RDD, conforme requisitado pela Secretaria da Administração Penitenciária e pelo Ministério Público Estadual. Além do Grupo de Atuação Especial e repressão ao crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, outros grupos do MPE no interior apuram o caso, e a Polícia Federal verifica o crime de lavagem de dinheiro supostamente cometido pela cúpula do PCC.
A base para a investigação é a contabilidade apreendida com Wagner Roberto Raposo Olzon, o Fusca, preso em 28 de fevereiro. Com ele, policiais encontraram um relatório de viagem à Bolívia, onde Olzon fechou acordo com traficante bolivianos ligados às Farc para a compra de 1 tonelada de cocaína, além de armas e explosivos para atentados.
Fonte: Estadão Online, 02/04/2008.
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