quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

'Até algemas e guilhotinas eles usavam', revela vítima do tráfico de pessoas

Conheça a história de escravidão sexual e luta de uma brasileira em Roma



Uma abordagem “despretensiosa” acabou com as expectativas de uma vida de sonhos de Cristina, nome fictício da amazonense que há sete anos voltou foragida da Itália depois de passar oito meses em Roma como escrava sexual. Em matéria exclusiva 

Uma abordagem “despretensiosa” acabou com as expectativas de uma vida de sonhos de Cristina, nome fictício da amazonense que há sete anos voltou foragida da Itália depois de passar oito meses em Roma como escrava sexual. Em matéria exclusiva para o Mais Você, que abordou o tema na edição de hoje, a mulher de 35 anos contou que conviveu com muitas brasileiras na mesma situação e que viu muitas delas morrer.
“Um homem me abordou na escola de enfermagem, onde eu fazia curso, me oferecendo emprego como enfermeira em Roma, para cuidar de sua mãe, e dizendo que eu poderia estudar psicologia em outro horário", lembrou. Cristina aceitou a proposta e, a partir daí, começou seu calvário. Ao chegar na capital italiana, a moça foi levada para casas particulares, onde ela e outras mulheres enfileiradas eram postas em um corredor. Tratadas como mercadoria, os “compradores” escolhiam quem seria a explorada da vez.
“Até algemas e guilhotinas eles usavam. No início, não tomávamos banho e nem comíamos. Eram mais de 200 meninas e por dia morriam mais de 20. Com meu conhecimento de enfermagem, me usaram para aplicar drogas nas garotas. Era uma seringa para muitas meninas. Não tinha como haver controle de HIV”, admitiu Cristina.
Para a repórter Daniela Abranches, da TV Amazonense, ela relatou como conseguiu fugir e como a Justiça italiana tratou o caso.

 Assista ao vídeo acima para conhecer toda a história. Clique aqui.

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