quarta-feira, 16 de abril de 2008

Trabalho infantil persiste no Brasil






O combate ao trabalho infantil já teve reduções significativas nos últimos anos, mas atualmente passa por uma desaceleração nos índices alcançados com as ações implantadas no País com esta finalidade. A afirmação é de Cynthia Ramos, oficial de projetos do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC), da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ela participou ontem, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, do Seminário “Erradicar o trabalho infantil está em nossas mãos”, promovido pelo Programa Catavento, uma iniciativa de diversas organizações que atuam nesta área.

“Desde 1992, quando o IPEC entrou no Brasil, houve melhora no combate ao trabalho infantil. A redução chegou a 50% em algumas faixas etárias. Houve um engajamento da sociedade mais uma pró-ativa do governo. Foi um processo de construção que surtiu resultado”, avalia Cynthia. No entanto, de acordo com ela, houve uma desaceleração nesta redução nos últimos três anos. “Em 2006, um relatório da OIT colocou o Brasil como referência neste tipo de combate. Mas a desaceleração existe”. Cynthia revela que uma das razões para isto é a perda de foco nas ações de combate e prevenção. “Além disso, em uma primeira fase, se conseguiu atingir as situações mais visíveis. Daí para frente, começou a entrar em formas mais invisíveis perante a sociedade, como a exploração sexual, o tráfico de drogas e o trabalho doméstico”, comenta.


O Estado do Paraná, 16/04/2008.

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